OR foi elaborado num “quadro único” e perante uma situação “jamais vista”

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Olavo Correia instou Deputados a terem noção do momento que Cabo Verde atravessa e considerou ser este o momento “mais desafiante” da história do Arquipélago

O vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças sublinhou, esta quarta-feira, 8, que o Orçamento de Estado Retificativo para o ano económico de 2020, devido ao Covid-19, foi elaborado num “quadro único” e perante uma situação “jamais vista”.

Ao participar no debate sobre a proposta de OR, que decorre na Assembleia Nacional, Olavo Correia advertiu os Deputados, sobretudo os da Oposição, para a necessidade de terem noção do momento que Cabo Verde atravessa e considerou ser este o momento “mais desafiante” da história do Arquipélago.

O vice PM convidou os parlamentares a olharem o futuro “com responsabilidade”, e disse mesmo que “não se pode chegar ao bem, trilhando a vereda do mal”.

Olavo Correia aproveitou para afastar qualquer ambição política-eleitoral do OR, por parte do Partido que suporta a governação, o MpD, e enfatizou que “ninguém esteve, nem está preparado” para gerir a pandemia, que segundo observou ainda vai no início. O Ministro referiu-se a uma “grande maratona” que na sua perspetiva deve durar “pelo menos, 2 a 3 anos”.

E Cabo Verde, avisou, é o País “mais impactado” com a Covid-19.

“Não é momento para contas eleitorais”, avisou, de seguida, a Oposição, assegurando ser, sim, momento para “responder os desafios que estamos a ser confrontados”.

O OR, cujo debate prossegue no período da tarde, após suspensão para almoço, precisou Olavo Correia, foi desenhado com base em 4 prioridades e igual número de restrições.

As prioridades têm que ver com saúde e segurança sanitária, proteção das pessoas e rendimentos, salvar as pessoas e definir uma solução para a dívida pública. “Cabo Verde tem que ter sonhos grandes e ambições grandes”, sublinhou, referindo que o Arquipélago é uma “grande nação”.

Quanto à proposta de aquisição de aviões, contestada pela UCID, o também Ministro das Finanças advogou que Cabo Verde deve apostar na “segurança total”, e justificou que a aquisição de aparelhos novos tem fundamento em estudos que apontam menos custos para aquisição do que na manutenção do aparelho Dorniê, da Guarda Costeira.