Ordem dos Médicos Portugueses apresenta 3 argumentos para reafirmar confiança na vacina AstraZeneca

0

A Ordem rejeita decisões precipitadas sobre a vacina de Oxford e aponta que, com base na informação da Agência Europeia do Medicamento, o “número de eventos tromboembólicos, que inclui a forma mais grave de tromboembolia pulmonar, nas pessoas já vacinadas não é superior ao identificado na população

A Ordem dos Médicos de Portugal reafirmou, esta quarta-feira, 17, a sua “confiança” nas vacinas aprovadas e apelou à serenidade de todos, salientando que neste processo o que importa são os benefícios da imunização para a saúde dos cidadãos e para a retoma económica.

Citado pela Imprensa Portuguesa, o Bastonário da Ordem dos Médicos apresenta uma série de 3 argumentos para reafirmar a sua confiança na vacina, mas rejeita, à partida, “decisões políticas” em torno do assunto ao mesmo tempo que garante aguardar “tranquilamente” a decisão final da Agência Europeia de Medicamentos.

Quanto aos alegados eventos tromboembólicos nas pessoas vacinadas, a Ordem dos Médicos usa a informação preliminar da Agência Europeia do Medicamento para destacar que o número de “eventos tromboembólicos, que inclui a forma mais grave de tromboembolia pulmonar, nas pessoas já vacinadas não é superior ao identificado na população em geral”.

Segundo refere, até à data de 10 de março, cerca de 5 milhões de pessoas estavam vacinadas com a vacina da Oxford e que apenas foram reportados 30 fenómenos tromboembólicos, o que corresponde a uma “incidência de 0,000006%.

A mesma Ordem destaca que “na maioria dos países”, a vacinação está a começar pelos grupos dos mais idosos ou com mais comorbilidades, isto é, pelas pessoas mais doentes e mais frágeis, onde a incidência de eventos tromboembólicos já seria sempre superior à da população geral.

“Não existe relação de causa-efeito” entre a vacina da AstraZeneca e os fenómenos tromboembólicos, explica a Ordem.

“Não está provado que os fenómenos tromboembólicos relatados foram provocados pela administração da vacina”, acentua, assegurando que eventual relação de casualidade está a ser investigada neste momento pela OMS e seus parceiros.

Por outro lado, defende aquela organização, deve ser mantida uma “atitude de confiança e tranquilidade” no que diz respeito ao plano de vacinação em Portugal.