Outra vez Banca Furada?

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O Paicv é um partido corajoso. Em plena campanha resolve retomar a falida política de construção de barragens, anuncia uma nova barragem para Praia Branca e acusa o MpD de não impermiabilizar a Banca Furada, em Fajã de Baixo, que já se sabia ad inícium que não iria reter água. O povo avisou, mas o Paicv não ouviu.

Quando os discípulos de Janira retomaram o assunto, dei comigo mesmo a pensar: esta malta deve estar a brincar, mas não, era mesmo a sério. Depois veio a chefe, de passagem por Tarrafal num comício com várias cadeiras vazias, fora de palco e fora de horas também, retomar o assunto, e com novas acusações ao Governo de Ulisses por não ter enterrado mais 200 e tal mil contos – sobre os 700 mil – para corrigir erros de construção. Pudera?!

Mas será que esta madame e seus discípulos estão mesmo a sério ou será a impermiablização uma proposta para enterrar mais quinhões nos bolsos dos camaradas?

Sim, há que perguntar porque dos mais de 700 milhões investidos, ficou apenas pedra sobre pedra, sem utilidade para o fim que deveria ser. Pelo menos desta vez, a Janira assumiu que o Paicv tem culpas no cartório. Mas não pediu desculpas ao povo da Fajã e de São Nicolau. E o povo ainda não esqueceu!

No próximo domingo, temos todos a responsabilidade de pôr um travão neste partido, e exigir, a partir das urnas, que o Paicv nos trate com respeito, ao menos isso.

Ora, falar de barragens – construção e impermiabilização – quando sabemos que a chuva é cada vez mais escassa parece ser txacota, ou no mínimo não levar as pessoas a sério, ou ainda gozar com as pessoas.

Precisamos, sim, de políticas para a agricultura e pecuária e o Programa que o Governo de Ulisses propõe já comporta estas respostas e uma delas é investir em pequenas unidades de dessalinização, estando já có-financiado um pacote de mais de 30 milhões de Euros, pelo Governo da Hungria.

Há apostas concertadas com Israel e outros países amigos de Cabo Verde para que o País possa mobilizar mais água. Também o investimento na Galeria da Fajã e no equipamento de Furos irá continuar no próximo ciclo de governação com Ulisses.

Por isso, no domingo, 18, nada de arrepiar caminho para um passado que não deixa saudades. Nada de voltar para trás. Confiança, acima de tudo, para reelegermos Ulisses, continuar com Cabo Verde e cada uma das suas Ilhas no almejado caminho seguro.

Eu confio. Eu apoio. Eu voto MpD.



2 COMENTÁRIOS

  1. JHA deseja fazer frete aos patrões da maçonaria portuguesa, os mesmos que se beneficiaram dos milhões de euros emprestados em Portugal para torrar nas barragens e no programa Casa para Todos. É necessário que a PJ comece a investigar se a maçonaria portuguesa não estaria por detrás do rio de dinheirama que está a ser drenado para financiar as campanhas eleitorais do Paicv. O partido surfa no dinheiro nas eleições municipais de outubro e agora nas legislativas e é o único que não compara os orçamentos das despesas nessas eleições.

  2. Eu pergunto impermeabilização como ? Donde até onde ? Na Albufeira ? Com que materiais? Por esta razão os estudos das barragens demoram cinco a dez anos. A barragem de estudo começou a ser avaliado nos anos cinquenta. Fizeram diques medidores de caudais, instalaram pluviômetros em toda a bacia hidrográfica da ribeira ( afluentes e subafluentes) , fizeram se os cálculos da correção torrencial, a rede de distribuição de água etc e no projecto do ano 2000, do Governo do MpD que apresentou o projecto a China para financiamento, havia a chuva artificial. O PAICV fez as barragens para ganhar as eleições e ganhou. Quem alguma vez inaugurou uma barragem para produção de energia elétrica sem ter uma rede de distribuição? Quem inaugura uma barragem destinada a rega sem construir a rede ? No concernente a Banca Furada, pergunto quem fez os estudos e o projecto e quem tomou a decisão da construção?

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