Padre Eliseu Lopes e a expetativa da celebração do centenário da Capela de Monte Cintinha

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Grande festa acontece a 2 de junho. Comunidade Católica da ilha está a preparar o grande dia que contará também com a presença de dois Bispos, o de Mindelo e o de Braga, e vários Sacerdotes

“Celebrar um centenário é sempre um marco e uma efeméride e celebrar os 100 anos da construção da Capela de Nossa Senhora do Monte Cintinha não deixa de ser uma grande oportunidade e graça de Deus para continuarmos a fazer história, como povo que peregrina e caminha sobre a terra”, é esta a mensagem do Padre Eliseu Lopes, por ocasião do centenário da Capela de Monte Cintinha, em Cachaço, na ilha de São Nicolau, a ser celebrada no próximo dia 2 de junho.

Em entrevista ao OPAÍS.cv, o Sacerdote que é Pároco das comunidades de Nossa Senhora da Lapa e do Rosário, onde fica a Capela centenária, observa que “somos um povo com história e com fortes raízes cristãs”.

“O facto de existir esta Capela com muita história, devoção e crenças, que é muito assistida e visitada por pessoas de São Nicolau e também pelos emigrantes já é, de per si, um benefício grande na vida das pessoas”, enfatiza, recordando haver pessoas que vão a Monte Cintinha “de propósito” para visitar a Capela, mandada construir entre 1917 e 1919 pelo então Missionário Português, Cónego Bouças.

O Sacerdote sublinha que “constituir a Capela como Santuário vem somar ainda mais a importância do lugar. Penso que Nossa Senhora do Monte Cintinha foi, automaticamente, conquistando o título que nós queremos dá-lo, a partir de junho de 2019. Para o comum das pessoas da ilha, este lugar é especial, um lugar de recolhimento, onde se está mais perto de Deus e mais perto do Céu. Onde se respira um ar fresco, onde tudo combina e faz o peregrino entrar em comunhão com o Criador”.

A festa deste ano conta com as ilustres presenças do Bispo de Mindelo, impulsionador do Santuário Mariano, e do Arcebispo de Braga, Dom Jorge Ortiga, que preside as celebrações, a convite de Dom Ildo Fortes. O Padre Eliseu que convida a todos a “aderirem em massa e a participarem da festa”, observa tratar-se de um momento alto da Igreja em São Nicolau. Diz mesmo que a preparação é um momento de “muita expetativa”, sendo Monte Cintinha das celebrações que “mais congrega” fiéis e peregrinos na ilha.

“Vêm pessoas de todas as partes, inclusive emigrantes. Há sempre grande expetativa em torno desta festa”.

O Padre que há dois anos trabalha em São Nicolau, recorda que desde que chegou já se falava nestas celebrações, cuja presença do Arcebispo de Braga empresta maior brilho. “Trata-se de uma presença que muito honrará a nossa festa, a nossa Igreja e a comunidade Católica de São Nicolau”.

A Paróquia criou uma comissão de festa que está a tratar dos pormenores, desde a liturgia solene e festiva a outras atividades de índole cultural, científico e histórico.

No dia anterior à grande festa, haverá a apresentação de uma brochura sobre como se iniciou a ideia de construir a Capela, pelo então Reitor do Seminário de São José, Cônego Bouças, passando por fazer referências a algumas figuras importantes do Cachaço, como o Dr. Júlio, o Padre Jesualdo, de entre outras figuras que “deram vida e história” a Monte Cintinha.

Nesse mesmo dia, Dom Ildo Fortes preside à celebração do Crisma, um outro momento grande destas celebrações centenárias.

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