Padres suspeitos de abusos sexuais em Portugal, afastados das suas funções

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Casos aconteceram nas dioceses de Évora e Angra. Informações foram avançadas, num comunicado

A Arquidiocese de Évora afastou, cautelarmente, um Padre de funções e abriu uma investigação a uma denúncia de alegados abusos de menores pelo Sacerdote, na década de 1980, no Seminário Menor da Cidade.

Em comunicado, a Arquidiocese de Évora informou, esta quarta-feira, que o Arcebispo, Francisco Senra Coelho, recebeu na sexta-feira, da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal, dois nomes de Sacerdotes diocesanos, alegadamente envolvidos em casos de abusos, um deles já morreu.

Por sua vez, a Diocese de Angra, que também suspendeu dois Padres, através de um comunicado do seu Bispo, Armando Esteves Domingues, revela que, da lista que lhe foi entregue na passada sexta-feira pela Comissão Independente para o Estudo dos casos de Abuso Sexual de Menores na Igreja Católica em Portugal “constam dois nomes: um Sacerdote de São Miguel e outro da Ilha Terceira”.

“O Bispo diocesano já falou com ambos e, em conjunto, acordaram que os Sacerdotes em causa ficarão impedidos do exercício público do ministério, até ao final do processo de investigação prévia, que já foi iniciado na Diocese e de acordo com as normas canónicas. Igualmente seguirá a participação ao Ministério Público”, acrescenta o comunicado.

De referir que a mesma nota acrescenta que “toda a informação será enviada também para o Ministério Público”.

O relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal identificou denúncias relativas a oito casos de alegados abusos ocorridos em sete Concelhos dos Açores: dois nas Velas e um na Calheta, Ilha de São Jorge; um no Faial; um em Angra do Heroísmo e um na Praia da Vitória, na Ilha Terceira; um no Concelho das Lajes e outro em São Roque, ambos na Ilha do Pico, refere ainda o comunicado.

“Estes alegados abusos terão sido cometidos entre 1973 e 2004, por pessoas diferentes”, quatro das quais (três Sacerdotes e um leigo) já faleceram.