PAICV quer derrubar Governo mas “não vai conseguir”

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Primeiro-Ministro lembrou que há cerca de duas semanas, sobre o mesmo tema, o PAICV perdeu o debate e agora vem com “bamba atómica”

Ao abrir o debate, o Chefe do Governo foi claro. O PAICV “não vai conseguir” os seus intentos.

“Ninguém a não ser o PAICV, acredita haver ruturas institucionais graves e fundamentos com o mínimo de razoabilidade que pudessem justificar a utilização de uma medida tão drástica como a tentativa de derrube do Governo”, vincou Ulisses Correia e Silva.

O PM diz que a Moção de Censura “é o corolário de uma cruzada” que vem desde 2016 de um Partido “ressabiado” pelas derrotas eleitorais, com mau perder, que erigiu a suspeição, a acusação, a terra queimada e o caos como instrumentos de afirmação política.

Em contramão

UCS vincou que o PAICV circula em “contramão” com a avaliação que a Comunidade Internacional e os Parceiros de desenvolvimento fazem da democracia Cabo-verdiana, da boa governança e do desempenho económico e social do País em contexto de graves crises mundiais. “Condução perigosa atordoada pela ansiedade de chegar ao poder a qualquer custo”, ajuntou.

De seguida, o PM pontuou que os Cabo-verdianos “estão preocupados, sim”, mas não com o seu Governo “que se empenha em resolver os problemas do País em contexto de graves crises mundiais. Os Cabo-verdianos estão preocupados é com esta oposição. Uma oposição incapaz de se construir como uma que alternativa credível para o País”.

UCS acusa o PAICV de se armar em “juiz de tribunal popular para julgar e acusar”, algo que Cabo Verde não aceita. “O que não aceitamos é que o PAICV dê lições de boa governação e de transparência. Sofre de amnésia seletiva para acusar os outros. Pior do que isso, quer impor ao País amnésia seletiva coletiva”, disse.

O Chefe do Governo recordou as várias ações de “uso indevido do financiamento” do tempo do PAICV, período em que os fundos “serviam para tudo e alguma coisa”, e que os Municípios “não eram tidos e nem achados na afetação dos recursos”.

Quanto ao repto do PAICV para mudar de prática, UCS foi claro: o seu Governo vai cumprir o seu programa, sufragado nas urnas há dois anos pelos Cabo-verdianos. “São as políticas do Programa deste Governo que executamos. E é também com base no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável e na Agenda Ambição Cabo Verde 2030 que governamos”, assegurou.