Pandemia da Covid-19 revelou a “verdadeira natureza” da Câmara Municipal da Praia

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MpD lembra que Francisco Carvalho “num claro ato de bloqueio”, autoexcluiu-se de um processo que todas as Autarquias do País abraçaram. A Praia está “sem obras, sem rumo”

O tema das obras do PRRA no Município da Praia continua na ordem do dia. Hoje, o MpD veio rebater as declarações do Secretário Geral do PAICV que acusou o Governo suportado pelo MpD de bloquear as obras do PRRA no Município da Praia e de discriminar aquela Autarquia.

“Todos sabemos que o bloqueio das obras do PRRA foi o primeiro ato administrativo/político do atual “Edil”, começou por recordar Luís Carlos Silva, observando que logo depois da vitória eleitoral, em outubro de 2020, o Presidente Francisco Carvalho “mandou bloquear” as referidas obras, alegando “corrupção” do anterior executivo, “partidarização” das mesmas, tendo até acusado os empreiteiros de serem do MpD e de estarem ao serviço de “interesses obscuros”.

Ao rebater, esta manhã, as críticas do PAICV, o Secretário Geral do MpD advertiu que as palavras “não podem ser apagadas”, para de seguida pontuar que “isso não é liderança”, mas “um exemplo de como interesses políticos são colocados acima dos interesses reais dos cidadãos”.

Ao ficar de fora do processo do PRRA, o Edil da Capital demonstrou, no dizer de LCS “falta de visão e comprometimento”.

“A pandemia trouxe desafios, sim, mas também revelou a verdadeira natureza da Câmara Municipal da Praia”, criticou, observando que enquanto outras Cidades e Câmaras Municipais se uniram em um esforço coletivo para alavancar o financiamento do PRRA e garantir a continuidade das obras, a Praia, sob liderança de Francisco Carvalho “num claro ato de bloqueio, decidiu ficar de fora, demonstrando uma falta de visão e comprometimento”.

“Mesmo sem a Câmara Municipal da Praia, o Governo, a Associação Nacional dos Municípios e a Bolsa de Valores avançaram com o processo e se conseguiu a retoma das obras do PRRA em todo o território Nacional, claro, à exceção da Praia”, recordou o dirigente do MpD, admitindo que quando o Presidente da Câmara da Praia “finalmente se percebeu que o cheque afinal tinha valor e que, não só não bloqueava o processo, como ficava (sozinho) para trás, veio, à socapa, pedir para participar”. No entanto, quando se aceita a entrada da Edilidade da Capital esta teve direito “como todas” as Câmaras Municipais aos 30% da parcela da verba inicialmente projetada.

LCS diz, claro, “não ser responsabilidade” nem do Governo, nem da ANMCV ou mesmo do MpD o fato de Francisco Carvalho “ter uma gestão financeira desorganizada e negligente”, e que levou a que a verba disponibilizada tenha sido cativada pelo banco.

“A realidade dos fatos deixa claro que o que tem o PRRA bloqueado na Cidade da Praia é a arrogância de quem deixou o poder subir-lhe à cabeça, que mantém uma postura arrogante, conflituosa que está em permanente estado de combate político”, observou o dirigente do MpD, lembrando que o Edil da Praia já esteve em “guerra aberta” com os seus próprios colegas, com os Vereadores do MpD, com funcionários, sindicatos, empreiteiros, com a banca, com o Tribunal de Contas, com a IGF, com a ARAP, com meio mundo. “Tudo para justificar a sua permanente necessidade de conflito político”, acentuou, relevando que o PRRA “é uma medida de política” do Governo suportado pelo MpD para “complementar” o trabalho de requalificação e reabilitação das Câmaras Municipais. “Mas o PRRA não pode esgotar toda a política de infraestruturação das Câmaras, como parece ser o caso da Praia”, advertiu, lamentando o fato de a Praia estar “sem obras, sem rumo e que vive unicamente da guerrilha política”.