Papa deseja que “festa do trabalho” seja um estímulo para renovar o compromisso do trabalho “digno”

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Na solenidade de São José Operário, Santo Padre recordou quantos trabalhadores “morrem” no seu local de trabalho, “uma tragédia muito difusa”

A Igreja celebra neste 1.º de Maio, a festa litúrgica de São José Operário, uma festa instituída, em 1955, pelo então Papa Pio XII.

Anualmente nesta ocasião, a Igreja propõe uma reflexão sobre o dia, aos olhos da sua Doutrina Social.

Hoje, no Vaticano, o Papa desejou que a “festa do trabalho” seja um estímulo para “renovar o compromisso, a fim de que em todo o lugar e para todos o trabalho seja digno”.

“Que, do mundo do trabalho, surja a vontade de fazer crescer uma economia de Paz”, apelou o Pontífice que recordou, em particular, os trabalhadores que “morrem” no seu local de trabalho, “uma tragédia muito difusa”, lamentou.

São José, o pai adotivo de Jesus, foi desde cedo apresentado pela Igreja Católica como símbolo e exemplo de pai e de trabalhador; foi declarado patrono da Igreja, em 1870, pelo Papa Pio IX.

A 8 de dezembro de 2021, o Papa Francisco assinalou no Vaticano o final do Ano de São José, que convocou para assinalar o 150.º aniversário da sua declaração como Padroeiro da Igreja.

Foi nesse dia, em 2020, que Francisco proclamou o Ano de São José com a carta apostólica ‘Patris Corde’, com o objetivo de ajudar as pessoas a redescobrir esta “extraordinária figura”.

A carta do Papa apresentava “algumas reflexões pessoais” sobre São José, destacando que “depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício”, ligado também ao mundo laboral.

“Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é Patrono e exemplo”, sustenta Francisco.