Papa Francisco lamenta vítimas e apela ao diálogo no Cazaquistão

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Chefe da Igreja Católica afirmou esperar que se possa “regressar à paz social o mais depressa possível, através da procura pelo diálogo, justiça social e bem comum”

O papa Francisco expressou hoje a sua “dor” pelas vítimas dos tumultos no Cazaquistão e apelou ao “diálogo” e à “justiça” para que a “harmonia social” regresse ao país o mais depressa possível. “Fui sabendo, com dor, que houve vítimas nos protestos registados nos últimos dias no Cazaquistão”, disse o papa durante a oração semanal do ‘Angelus’, perante os fiéis na Praça de São Pedro.

Na sua mensagem, o chefe da Igreja Católica afirmou esperar que se possa “regressar à paz social o mais depressa possível, através da procura pelo diálogo, justiça social e bem comum”.

O pontífice disse ainda que confiou “a proteção do povo cazaque à virgem, rainha da paz de Oziornoje” e que reza pelas vítimas e pelas suas famílias. Várias dezenas de pessoas, incluindo 18 polícias, perderam a vida naquela que foi a maior onda de protestos no Cazaquistão desde a sua independência.

Os protestos começaram no passado domingo nas províncias após uma subida do preço do gás, antes de se espalharem pelas grandes cidades, especialmente Almaty, a capital económica do Cazaquistão, onde as manifestações se transformaram em tumultos contra o regime.

Nas celebrações de hoje, o papa destacou a importância do batismo, um sacramento através do qual se concede “identidade cristã”, que deve ser “protegida todos os dias”. Estas palavras do pontífice foram ouvidas durante uma cerimónia em que batizou 16 crianças na Capela Sistina.

Repleta de ritos, esta cerimónia comemora o batismo de Jesus nas águas do rio Jordão e é uma das poucas que têm lugar na Capela Sistina, sob os frescos de Miguel Ângelo e onde se realizam os conclaves para eleger o novo papa.