Papa Francisco pede deposição das armas do ódio e vingança para embraçar oração e caridade

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Francisco lançou este apelo no seu último dia de visita ao Sudão do Sul

Na manhã deste domingo, no seu último dia de visita ao Sudão, o Papa Francisco celebrou, na presença de cerca de 100 mil pessoas, a Santa Missa no Mausoléu de Jonh Garang.

Na sua homilia, o Santo Padre apelou aos lideres políticos “em nome de Jesus”, a desporem das armas do ódio e da vingança para embraçar a oração e caridade.

“Superemos as antipatias e aversões que, com o passar do tempo, se tornaram crónicas e correm o risco de levar à contraposição de tribos e de etnias; aprendamos a colocar nas feridas o sal do perdão, que causa ardida mas cura”, disse o Papa.

 

Diante de “tantas feridas” e violências que alimentam o País, “o veneno do ódio, a iniquidade eu causa miséria e pobreza, o Papa encorajou os féis presentes na celebração a por em prática as “bem-aventuranças”, para dar bom gosto não apenas as suas vidas, mas também à Sociedade e ao País onde vivem.

“Nós, que somos sal da terra, estamos chamados a testemunhar a aliança com Deus na alegria, com gratidão, mostrando que somos pessoas capazes de criar laços de amizade, viver em fraternidade, impedir que prevaleçam a corrupção do mal, a patologia das divisões, a sujeira dos negócios iníquos, a praga da injustiça”, disse ainda.

O Papa que chegou ao Sudão do Sul na sexta-feira, depois de ter visitado a República Democrática do Congo, acompanhado pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e pelo chefe presbiteriano da Igreja da Escócia, Iain Greenshields, despede-se hoje daquele País.

Essas suas visitas àquele País, tem como propósito encorajar os líderes políticos do Sudão do Sul a desenvolver um acordo de paz de 2018 que ponha fim a uma guerra civil que eclodiu depois de o País predominantemente cristão ter conquistado a independência do Sudão, de maioria muçulmana, em 2011.