Papa João Paulo II fez com que todas as Dioceses do Mundo o tenham como membro da Igreja

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Consideração é do Padre João Augusto Martins, que falava ao OPAÍS.cv por ocasião dos 31 anos da visita do saudoso João Paulo II a Cabo Verde

Há 31 anos, Cabo Verde recebia a primeira visita de um Papa. João Paulo II pisava estas Ilhas, numa histórica visita de um Bispo de Roma, ao nosso País.

O 25 de janeiro de 1990 é para o Padre João Augusto Martins uma data a recordar e a celebrar, porque foi nesse dia que o agora Santo chegava a Cabo Verde. “É um marco importante para nós, essa visita que aconteceu há 31 anos, mas que todos os anos é recordada”, referiu o Pároco de São Paulo Apóstolo.

Ao OPAÍS.cv, o Sacerdote considerou que o então Papa fez com que todas as Dioceses do Mundo o tenham como parte/membro da sua Igreja, com quem sempre se pode contar, e a sua vinda a Cabo Verde, “fez a nossa Diocese sentir isso”.

De realçar que na altura da visita Papal, Cabo Verde era banhado por uma única Diocese, a de Santiago Menor de Cabo Verde, dirigida pelo Bispo Dom Paulino Livramento Évora, já falecido.

Para o nosso interlocutor, a cada ano que passa, lembrar o então Papa, “mostra-nos cada vez mais que pertencemos à Igreja de Cristo, de que estamos ligados a Pedro”. “O feitio próprio do Papa João Paulo II dá-nos o exemplo de vida com a sua dimensão missionária, por isso a necessidade da Igreja ser missionária”, acrescentou, dizendo que “é isso que o Papa nos lembrou, entre muitas coisas, quando esteve cá, de continuar a semear o Evangelho”.

Karol Józef Wojtyła, de seu nome próprio, hoje Santo da Igreja, tem a sua data própria, 22 de outubro, em várias partes ele é Padroeiro de várias comunidades. Em Cabo Verde é Padroeiro da Paróquia com o mesmo nome, em Ribeira das Patas, no Município do Porto Novo, Santo Antão. Em Santiago há uma comunidade na Praia, em Simão Ribeiro, de que é Patrono.

“A dimensão de João Paulo II é universal”, precisou o Padre João Augusto.

Este ano, a comemoração da vinda do Papa quase que passa em branco, devido às restrições por conta da Covid-19. “O Papa João Paulo II pelo seu rigor e pelo seu histórico de lutar em meios de situações difíceis, dá-nos também forças e esperanças, e nos inspira”, enalteceu o Sacerdote, considerando ainda que todos os desafios enfrentados pelo Papa foram vencidos, “o que nos encoraja sempre a acreditar que dias melhores virão”.