Papa no Iraque pede Paz e direitos iguais para todos

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Num País que goza de uma grande diversidade de fé e de etnias, Sumo Pontífice fez um forte apelo à Paz, sem deixar de insistir na necessidade de assegurar aos Cristãos e outras minorias religiosas, direitos iguais

O Santo Padre chegou hoje ao Iraque, onde visita o País até o dia 8. E no seu primeiro discurso público recordou que o Páis tem tido um lugar especial no seu coração e no dos seus antecessores ao longo dos últimos anos.

“Quanto rezamos ao longo destes anos pela Paz no Iraque” expressou, assegurando que João Paulo II que foi impedido de visitar o País “não se poupou a iniciativas, e sobretudo ofereceu súplicas e sofrimentos por isso. E Deus escuta; escuta sempre! Cabe a nós ouvi-Lo a Ele, andar nos seus caminhos”, afirmou perante o Presidente da República, Barham Salih, e de representantes das autoridades, da Sociedade civil e do corpo diplomático.
Tal como João Paulo II, o Papa Francisco tem rezado várias vezes pela Paz no Iraque.

“Calem-se as armas! Limite-se a sua difusão, aqui e em toda a parte”, pediu o Pontífice Romano que pede ainda que se dê “voz” aos “construtores” da Paz e aos humildes. “Dê-se voz aos construtores, aos artífices da Paz; aos humildes, aos pobres, ao povo simples que quer viver, trabalhar, rezar em Paz! Chega de violências, extremismos, fações, intolerâncias! Dê-se espaço a todos os cidadãos que querem construir juntos este País, no diálogo, no confronto franco e sincero, construtivo”, desejou.

O Papa apresenta-se como “penitente que pede perdão ao Céu e aos irmãos por tanta destruição e crueldade” e como “peregrino de Paz, em nome de Cristo, Príncipe da Paz”.
Francisco realçou a importância de esta Paz e democracia assentarem sobre uma base de direitos iguais para todos e reconheceu esforços internos para se erigir uma Sociedade democrática no Iraque. Considerou, por isso, “indispensável” assegurar a participação de todos os grupos políticos, sociais e religiosos e garantir os direitos fundamentais de “todos os cidadãos”.

Ao posicionar-se contra a violência religiosa o Papa observou que a religião “deve estar ao serviço da Paz e da fraternidade” e que o nome de Deus “não pode ser usado” para ‘justificar atos de homicídio, de exílio, de terrorismo e de opressão. “Pelo contrário, Deus, que criou os seres humanos iguais em dignidade e direitos, chama-nos a difundir amor, benevolência, concórdia. Também no Iraque, a Igreja Católica deseja ser amiga de todos e, através do diálogo, colaborar de forma construtiva com as outras religiões, para a causa da Paz” assegurou.