A declaração foi feita por um dos responsáveis dessa candidatura, cuja decisão será conhecida entre 9 e 14 de dezembro
A candidatura visa mostrar “um povo que vê na morna uma entidade insular, arquipelágica, mas também uma comunidade espalhada pelo mundo e que tem na morna um dos pilares, senão o pilar mais conhecido, ao nível da música”.
As questões do género e o papel que a mulher tem, na sociedade Cabo-verdiana, de acordo com um dos responsáveis do processo, foram levados em consideração na candidatura da morna a Património Imaterial da Humanidade, que conhecerá a deliberação em breve.
Segundo antropólogo Paulo Lima, que participou na equipa que trabalhou na elaboração do dossiê dessa candidatura, o ponto forte da candidatura é, “a força que a morna tem e aquilo que os Cabo-verdianos sentem nesta forma de cantar”.
Para Lima, Cesária Évora foi decisiva para esta manifestação Musical, fazendo com a morna se tornesse, “importante para as questões de género, abrindo a um conjunto de mulheres a hipótese de singrar na expressão musical”.
Paulo Lima, afirma que se a inscrição for confirmada, será “uma imensa valoração da comunidade Cabo-verdiana”.