Patchê Parloa promete qualidade no Carnaval no Sal

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No desfile deste ano, grupo carnavalesco fixou uma meta de levar 500 figurantes às ruas do Sal. Patchê Parloa, com origem em São Nicolau dinamizou o Carnaval nos Espargos, nos últimos anos

É já uma presença assídua e de classe no Carnaval do Sal. Há anos que este grupo, nascido da união de gentes de São Nicolau, residentes na ilha do Sal, vem animando o Carnaval naquela ilha, e para este ano, promete mais folia nas avenidas. A meta é levar 500 figurantes para as ruas.

A par disso, o grupo vai desfilar com dois carros alegóricos, contando com seis alas.

O Carnaval já bate à porta e os grupos carnavalescos correm contra o tempo para poder ter tudo pronto, pelo menos até o dia do desfile.

O grupo Patchê Parloa, na ilha do Sal, já se encontra a passos largos do término dos trabalhos. É que segundo o seu representante, os trabalhos começaram desde o mês de setembro. Nuno Santos, que é professor liceal e integra a direção do grupo, disse ao OPAÍS.cv que os trabalhos decorrem a bom ritmo, tendo inclusive ontem começado os ensaios, que deverão continuar todos os dias até o último domingo que antecede o grande desfile do Carnaval.

Para este carnavalesco, Patchê Parloa tem a intenção de levar à avenida entre 450 a 500 foliões. As indumentárias dos figurantes começam já a ser produzidas, todavia os vestuários das figuras de destaque do grupo já estão em fase de conclusão.

Nuno Santos diz que trabalho já está avançado, sublinhando que o carro alegórico está, igualmente, bem avançado. “Está tudo bem encaminhado”, reitera.

O principal constrangimento é ao nível financeiro. De acordo com o nosso entrevistado, atualmente o grupo tem uma dívida que ronda os mil contos só com o estaleiro, e ainda não recebeu nenhum apoio do maior parceiro que é a Autarquia. Todavia, confiando no cumprimento de sempre da Câmara Municipal, “nós vamos continuar a trabalhar, claro fazendo dívidas, e depois liquidá-las”. Mesmo com as dificuldades financeiras, o Carnaval “está no sangue” das pessoas, diz.

Evolução

Nas palavras de Nuno Santos, o Carnaval na mais turística ilha do País tem conhecido nos últimos tempos “uma grande evolução”, em termos de qualidade, com menos grupos, “mas com muita qualidade”. No entanto, disse esse carnavalesco, é preciso criar o espírito de competição para se dar ainda mais dinâmica e brilho ao desfile.

Nuno Santos que há cerca de duas décadas se mudou para o Sal, onde exerce docência, na Escola Secundária Olavo Moniz, e que a par desse, dedica à música, teme ausência de competição numa grande festa como o Carnaval.

“Deveria ter pelo menos entre figuras de destaque”, indica, admitindo que a ausência de competição entre os grupos, pode levar os participantes a perderem algum interesse nesta festa e pode até “desvalorizar” o Carnaval.



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