PAULO FERNANDES: Tivemos uma visita extraordinariamente produtiva

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Porta-voz do Consórcio português no domínio da Formação Profissional confirma que a visita a Santiago foi produtiva, tendo regressado com confiança em como há condições para fazer avançar o projeto

O Presidente da Câmara Municipal de Fundão, Portugal, e porta-voz do Consórcio português no domínio da Formação Profissional que na última semana visitou a ilha de Santiago, no âmbito da cooperação com a Câmara Municipal do Tarrafal de Santiago, avaliou como muito positiva a agenda desenvolvida e estimou que o projeto que idealizam no domínio da formação em metalomecânica tem tudo para avançar.

Paulo Fernandes observou mesmo que durante 4 dias puderam realizar uma visita “extraordinariamente produtiva”, com encontros com várias entidades, desde o Secretário de Estado para a Inovação e Formação Profissional, passando pelo CERMI, pelo IEFP, Centro de Formação de Variante, Câmara de Comércio de Sotavento, de entre outras instituições públicas e privadas onde se pode apresentar a ideia que se quer avançar no mais curto espaço de tempo.

A ideia, explicou Fernandes, é criar um sistema de bolsas e de mobilidade para jovens Cabo-verdianos, a partir do 9.º ano de escolaridade que queiram fazer o nível IV em Portugal, com estágio incorporado numa rede de empresas dos setores da metalomecânica, “mas simultaneamente queremos investir num centro aqui em Cabo Verde”, sustentou.

O Autarca de Fundão garante terem ficado “muito bem impressionados” com o foco estratégico que a formação profissional e a qualificação têm para Cabo Verde.

Depois da visita, a prioridade é avançar com o polo. “Vamos agora trabalhar, afincadamente, para que este polo possa ter um primeiro projeto piloto, conectado com o sistema nacional público de ensino por que consideramos que é ali que faz mais sentido até para ser mais competitivo e para que o pré requisito do nível dos alunos seja mais adequado”, indicou, sublinhando a aposta em Cabo Verde por ser um País com “condições muitíssimo interessantes” de estabilidade política e económica e com uma Sociedade “muito jovem” o que na opinião do Consórcio encerra uma oportunidade muito grande. “Há aqui uma conexão que pode ser ganhadora para todas as partes”, enfatizou.

Durante os vários encontros na Praia, São Domingos e no Tarrafal a Delegação portuguesa pode constatar que a ideia do projeto foi “muitíssimo” bem acolhido.
“Confesso que estamos encantados com a forma como fomos recebidos mas queria destacar o enorme profissionalismo como fomos recebidos”, enalteceu por outro lado.

Instado sobre o tempo para as coisas acontecerem, o Presidente de Fundão foi categórico na resposta. “O tempo já começou, nós começamos há dois anos. Queremos que a primeira turma, o tal projeto piloto, em termos de oferta de bolsas, seja até o próximo Verão. Vamos andar muito rápido. Provavelmente entre fevereiro e março estaremos a propor o sistema de bolsas para ser analisado”.

Estima-se antes do próximo Verão começar a formação de formadores, indicou o porta-voz, sublinhando que querem um projeto para um horizonte mínimo de uma década.

Na base deste projeto estão as geminações com as Câmaras Municipais de Fundão e Marinha Grande, entretanto Paulo Fernandes observa que as geminações devem agora é avançar para um novo paradigma. “Elas estavam mais para a amizade entre povos, muito conectadas com questões culturais e patrimoniais mas queremos ir para outras facetas e uma delas é a agenda económica”.

Para além do Autarca de Fundão, integrou o Consórcio nesta visita a Santiago, os Presidentes das Autarquias de Vagos, Ancião e Penela, um Vereador de Soure, e representantes do Instituto Superior D. Dinis (Grupo Lusófona), do Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, Centro Tecnológico da Indústria dos Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos, Escola Profissional do Fundão, Escola Tecnológica e Profissional de Sicó.

Texto editado a partir de uma entrevista publicada no site da Câmara Municipal do Tarrafal.