Pelo menos 20 palestinianos mortos após ataque com rockets contra Israel

Ao longo do dia e da noite de segunda-feira, as autoridades Israelitas responderam aos protestos de palestinianos em Jerusalém com gás lacrimogéneo e muita violência

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza revelou que foram mortos 20 Palestinianos, incluindo nove crianças, na noite desta segunda-feira, na sequência de ataques aéreos Israelitas na região ocupada da Palestina. Por seu turno o Hamas diz ter lançado uma centena de rockets contra território Israelita.

As últimas horas em Jerusalém têm sido de confronto entre Israelitas e Palestinianos, com uma resposta dura por parte das autoridades de Israel, que esta noite voltaram a encerrar a mesquita de Al-Aqsa e expulsar os manifestantes.

Esta segunda-feira é comemorado o Dia de Jerusalém, no qual Israel assinala a ocupação em 1967 de Jerusalém Oriental, a região da cidade onde se encontram os locais mais sagrados para judeus e muçulmanos. O que costuma acontecer, todos os anos, é milhares de Israelitas encherem de bandeiras a cidade e desfilar pelos locais sagrados muçulmanos, um costume visto pelos palestinianos como altamente provocatório. Este ano, a indignação dos palestinianos subiu de tom. Apesar da ameaça de que haveria uma resposta às provocações, o governo de Benjamin Netanyahu decidiu manter inicialmente desfile e milhares de Palestinianos juntaram-se na Porta de Damasco para confrontar uma marcha ultranacionalista. O resultado foi uma manhã de protestos junto à Mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islão, e mais de 300 feridos.

Foi junto à mesquita que se têm concentrado protestos e retaliações policiais, com o Crescente Vermelho, uma organização não-governamental que apoia os Palestinianos em Gaza e na Cisjordânia, a dizer em comunicados que as autoridades atiraram gás lacrimogéneo para dentro da mesquita, sufocando os fiéis, queimando tapetes e ferindo gravemente um grupo de mulheres que rezavam. À Al Jazeera, várias testemunhas contam que a polícia disparou aleatoriamente balas de borracha contra a multidão muçulmana e agrediram paramédicos que assistiam os feridos.

Depois da violenta manhã, os organizadores decidiram cancelar o desfile, mas uma multidão israelita continuou concentrada no Muro das Lamentações. O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, respondeu às centenas de feridos com o lançamento de mísseis contra Jerusalém Ocidental. Menos de uma hora depois, Israel respondeu com ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, que fizeram 20 vítimas mortais, entre as quais foram identificadas três crianças, segundo contou o Ministério da Saúde de Gaza à Al Jazeera. Mais 65 pessoas foram feridas nesses ataques.