Ulisses Correia e Silva reafirmou hoje o “firme compromisso e engajamento” de Cabo Verde com o desenvolvimento sustentável.
Ao inaugurar, esta manhã na Praia, o Fórum Cabo Verde Ambição 2030, o PM voltou a abordar a importância do perdão da dívida externa, para países mais pobres ou em desenvolvimento, sublinhando se tratar de uma necessidade a curto prazo, com impacto no médio e longo prazo.
“É neste sentido que os recursos libertos pelo serviço da dívida podem ser utilizados, numa perspetiva plurianual, para o financiamento dos programas com efeitos de transformação estrutural para atingir os ODS”, precisou.
UCS considerou que o desenvolvimento sustentável, exige ultrapassar a crise da pandemia da Covid-19 e implementar uma Agenda Estratégica de Desenvolvimento Sustentável que torne Cabo Verde mais resiliente e menos vulnerável a choques externos, mas também exige a eliminação da pobreza extrema, duplicação do rendimento das famílias e criação de oportunidades de emprego decente para os jovens com uma economia mais diversificada.
Cabo Verde destacou para médio e longo prazo a recuperação, estabilização, e aceleração do crescimento económico indispensável à retoma da caminhada para o desenvolvimento sustentável, na sequência da pandemia da Covid-19 que mergulhou o País na maior recessão e maior perda de empregos de todos os tempos, assim como o desenvolvimento do capital humano como fator impulsionador e indutor do desenvolvimento. Sistema educativo e de formação que promove o domínio de línguas, ciências, tecnologias, integrado na economia do conhecimento e de aprendizagem, mas também, que seja defensor dos valores essenciais como a democracia, o Estado de direito, a meritocracia, a persistência, a resiliência e o trabalho e que integra as capacidades e as competências da nossa diáspora.
A estabilidade, Paz social e segurança como a superestrutura que garante as bases para o desenvolvimento, através da boa governança, de Justiça efetiva, célere, acessível, imparcial e transparente e de segurança dirigida aos cidadãos e ao território (segurança nacional, segurança pública, segurança sanitária, proteção civil), são outras ambições do País a médio e longo prazo, bem como a promoção de transformações estruturais através da economia verde, da economia azul e da economia digital para tornar o turismo sustentável, diversificar a economia, aumentar a eficiência e a produtividade do país e assegurar um crescimento económico robusto, inclusivo e sustentável; a garantia de saúde para todos os Cabo-verdianos, segurança sanitária e bom nível de saúde pública, com impacto na qualidade de vida das pessoas e na economia em termos de confiança, de segurança e de oportunidades de investimentos; o emprego e trabalho digno particularmente dirigido aos jovens e criação de mais oportunidade através da redução da proporção de jovens sem Educação, sem Formação e sem Emprego; a igualdade de género, redução das desigualdades no acesso ao mercado de trabalho e no rendimento.
O desenvolvimento sustentável, precisou UCS, requer necessariamente uma abordagem de longo prazo que exige estabilidade e assunção socialmente partilhada de compromissos com impactos transformadores para colocar o País num estado mais avançado em 2030 em termos de desenvolvimento humano, de resiliência e de prosperidade para todos.
De realçar que o Fórum Internacional “Cabo Verde: Ambição 2030”, no entender do Chefe do Governo, é o culminar de um longo processo de participação e envolvimento de quadros, personalidades e instituições nacionais, da diáspora e estrangeiros na problemática do desenvolvimento de Cabo Verde, que define uma visão do País em 2030, com ênfase na democracia e estabilidade, na economia azul, na transformação digital, na resiliência e sustentabilidade, na função economia de circulação e orientação para o pleno emprego, a prosperidade