UCS fala também no reforço dos meios navais, incluindo a capacidade técnica e financeira de manutenção das embarcações
O Primeiro-Ministro voltou a reiterar, a aposta do Governo do País em adotar Cabo Verde de helicóptero, um meio aéreo “complementar, importante” para um País arquipelágico, com a orografia do nosso e com uma extensa zona costeira e marítima, no sentido de reforçar a cooperação para a segurança cooperativa.
De acordo com o PM, Cabo Verde tem realizado esforço próprio assinalável em investimentos e capacitação em tecnologias digitais e equipamentos nas fronteiras aéreas e marítimas, na segurança documental, na investigação criminal e na transparência e intercâmbio de informações fiscais, e é nesse sentido que Cabo Verde quer adotar a Guarda Costeira de um helicóptero, bem como um avião para ações de fiscalização.
“Dentro das limitações orçamentais, com recursos próprios do País, a Guarda Costeira será dotada de um avião para ações de fiscalização, patrulhamento, busca e salvamento e de emergência de apoio à proteção civil”, disse Ulisses Correia e Silva, ao presidir hoje a abertura da Cimeira das Forças Marítimas Africanas que se realiza na Ilha do Sal, onde também sublinhou, que os meios navais também deverão ser reforçados, incluindo a capacidade técnica e financeira de manutenção das embarcações.
“A fiscalização da nossa extensa área marítima, por razões de segurança e de proteção económica, é muito exigente e demanda também suporte tecnológico mais sofisticado como o apoio de satélites para a disponibilização de informação relevante”, reforçou.
Na ocasião, o PM destacou e reconheceu os “importantes” acordos bilaterais e realizações com os EUA bem como os países da UE na capacitação dos militares Cabo-verdianos, embarcações para a Guarda Costeira, equipamentos e materiais militares, fiscalização e patrulhamento e participação em exercícios militares e operações conjuntas, mas particularmente com os EUA com o qual Cabo Verde já fechou vários acordos, designadamente, o Acordo de Parceria com o Estado de New Hampshire National Guard; o Memorando de Entendimento sobre a Cooperação em Matéria de Defesa; e o recente Memorando de Entendimento de Cooperação para a Proteção e Segurança Preventiva à entrada de pessoas ligadas ao terrorismo, crime e outras situações de ameaça à segurança.
Relativamente à Cimeira, ela visa implementar um novo modelo para o engajamento de nível sénior em África. Neste particular, o PM realça que vai lhes permite trocar experiências, partilhar soluções e compromissos estratégicos para a segurança dos nossos países nos mares e oceanos que nos unem.
A Cimeira das Forças Marítimas Africanas, reúne mais de 80 delegados e chefes internacionais de Marinhas, Guardas Costeiras e Infantarias Navais de 38 países, incluindo Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
