Política externa de Cabo Verde está boa e recomenda-se

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Afirmação é do Deputado Armindo Luz, que fala em uma “geringonça” do PAICV com a UCID para questionar os “inconstestáveis” ganhos da política externa de Cabo Verde, nos últimos anos, com narrativas de “deriva inexistentes, com clara má-fé, ódio e malvadez”

O vice Presidente da bancada do MpD, Armindo Luz, afirmou hoje, no Parlamento, que a política externa de Cabo Verde “é boa e recomenda-se”.

O Deputado da Nação falava durante o debate sobre as políticas externas, tema agendado pelo PAICV.

Para Armindo Luz, Cabo Verde conheceu ganhos assinaláveis ao nível da sua política externa, com o atual Governo, e esses ganhos, no seu entender, são reconhecidos pelas comunidade e instituições internacionais.

Os Partidos da Oposição, PAICV e a UCID, questionaram esses ganhos, fazendo ecoar o caso que levou à demissão do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares.

Para o MpD, o PAICV e a UCID, uniram-se, numa “geringonça” para questionar os “inconstestáveis” ganhos na política externa, nos últimos anos, criando narrativas de “deriva inexistentes”, com clara “má-fé, ódio e malvadez”.

O MpD, diz Armindo Luz, “está ciente” de que as perguntas constantes da interpelação “não dignificam”, em nada, a política externa Cabo-verdiana. “Estamos perante atos de campanha política partidária na vizinhança de eleições Legislativas”, referiu, acrescentando que o Grupo Parlamentar do MpD demarca-se da “lógica populista e eleitoralista” da Oposição que colocam a lógica do voto acima dos superiores interesses que é “servir” Cabo Verde.

Na sua alocusão, Armindo Luz defendeu que o PAICV quer confundir os Cabo-verdianos quanto a Embaixadores de carreira e Embaixadores que não são de carreira. “Todos os Embaixadores são políticos, ao serviço dos interesses de Cabo Verde e de todos os Cabo-verdianos. A diferença é que as Embaixadas deixaram de ser sedes de campanha do PAICV para passarem a servir todos os Cabo-verdianos”, enfatizou, precisando que houve ganhos assinaláveis a nível das políticas externas do País.

“Hoje nenhum Cabo-verdiano dorme à porta do Consulado, sob a chuva, frio e outras condições desumanas. O Governo (do MpD) cumpriu, elevando a parceria especial (com União Europeia) para uma parceria estratégica, explorando a parceria para a mobilidade com a UE”, elencou.

O aumento do pacote financeiro disponibilizado pela UE, entre o período de 2016-2020, também foi enumerado pelo Deputado como outros ganhos conseguidos, sublinhando que a UE disponibilizou 30 milhões de Euros para luta contra a pobreza, 20 milhões de Euros de reforço da parceria; apoio orçamental extraordinário superior a 30 milhões de Euros, com destaque para o Plano de Recuperação de Santo Antão em virtude das cheias de 2016, os planos de mitigação para as secas de 2017 e 2018, o apoio orçamental para as medidas emergenciais relacionadas com a Covid-19 e o reforço de capacidades institucionais do TC, Estatística e Planeamento, bem como novo quadro financeiro 2021-2027, com as alocações financeiras e áreas temáticas a ser ultimado.

Vários outros ganhos foram referenciados pelo Deputado, tais como parceria de mobilidade de modo a facilitar a emissão de vistos Schengen de curta duração, financiamento, por Portugal, em 120 milhões de Euros, para o Programa Estratégico de Cooperação, no período 2017-2021, assinatura do PIC V, 2021-2025 no valor de 78 milhões de Euros com Luxemburgo, assinatura do acordo SOFA, com EUA, acordo com a China, Brasil, Israel entre outros, para além de acreditação do primeiro Embaixador na Guiné-Bissau, a criação da nossa Embaixada na Nigéria.

Por tudo isso, o MpD diz que a política externa de Cabo Verde é “boa”, “melhor” que no passado recente e que o País goza de um capital de prestígio internacional, vertido pela credibilidade e pela confiança que inspira e transmite aos parceiros de desenvolvimento.