Em Cabo Verde, infelizmente, tudo é motivo para exploração político-partidária ao extremo. Até mesmo fenómenos naturais como as chuvas ou as secas, há quem veja o dedo dos políticos por trás destes acontecimentos.
Este fim de semana, Cabo Verde foi posto à prova, com o incêndio que deflagrou no Parque Natural da Serra da Malagueta, com perdas de vidas humanas.
Roosevelt antigo presidente dos Estados Unidos da América afirmara “que a morte é sempre, e em todas as circunstâncias, uma tragédia”. Não podia estar mais de acordo com ele, quando temos as notícias da morte de uma dezena de jovens que tinham uma vida inteira pela frente.
Diante do tamanho sofrimento, e em que um país inteiro chora a perda destes nossos conterrâneos, o que não se pode tolerar, nem aceitar é a manobra utilizada pelo paicv para capitalizar politicamente perante o ocorrido.
Por exemplo, uma deputada do paicv, com toda a responsabilidade política, social e profissional que tem, não se coíbe de socorrer às falsidades, com o objetivo único de manchar o bom nome de Cabo Verde e dos seus dirigentes e para finalmente, tentar alcançar o poder.
Aquela deputada afirmou na RCV, hoje de manhã, que o incêndio deflagrou na sexta-feira, quando todos os órgãos de comunicação social noticiaram que o mesmo começou por volta das 10h de sábado. Será que a deputada não lê os jornais? Ninguém acredita. Ela só quer enlamear o espaço público para beneficiar o partido que ela dirige – o paicv.
No mesmo programa, ele disse e repetiu que o incêndio só foi controlado mais de 72h depois, quando os próprios serviços de proteção civil informaram que o incêndio foi totalmente extinto 56 horas depois.
O que me preocupa, enquanto jovem desta terra, é que ela falou tudo isto em nome de um partido com responsabilidades. Um partido com vocação de governo, mas que já não olhe meios para alcançar os seus intentos. O partido não só não demarca das afirmações irresponsáveis proferidas pela deputada, como lança os seus ativistas nas redes sociais para maximizar as informações deturpadas.
Sobre o autor material do incêndio não se ouve nenhuma palavra. Também não houve nenhum apelo para que se evitem as queimadas, nem nada do género.
O foco é criar caos, politizar a tragédia para no final acusar as autoridades. Não creio que é com esta forma de fazer política que se vão tornar a política numa atividade atrativa para a nova geração.
Por fim, não queria finalizar este artigo, sem antes endereçar as minhas sentidas condolências às famílias enlutadas dos jovens que perderam a vida em Serra Malagueta, às forças armadas e ao povo de Cabo Verde pela perda irreparável que aconteceu ontem.
Pedir ao paicv para não politizar a desgraça alheia é mesma que coisa que colocar um chefe de traficante chefe da brigada anti narcóticos. Não tem como dar certo, minha Senhora. O paicv faz comícios em cima da cadáveres humanos, antes mesmo de baixar a supultura. São abrutres!
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