Portugal defende não haver razões para crise na Guiné-Bissau

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Chefe da diplomacia Portuguesa defendeu, quarta-feira, não haver razões para uma nova crise na república da Guiné-Bissau, numa altura em que o PAIGC, derrotado nas eleições, contesta o resultado da segunda volta das eleições presidenciais

O chefe da diplomacia Portuguesa observou que a Guiné-Bissau tem “um Governo em funções e temos uma Assembleia Nacional”, daí não haver “nenhuma razão para qualquer espécie de crise”, no País vizinho.

Recorda-se que o PAIGC é governo, na sequência das eleições legislativas de março, tendo formado uma coligação com maioria parlamentar.

E contra todas as previsões, Umaro Sissoco Embaló venceu, folgadamente, a segunda volta das eleições presidenciais, em 29 de dezembro, superando o candidato do PAIGC que ficara à frente na primeira volta.

Em campanha, o Primeiro-Ministro do País ameaçou demitir-se caso Domingos Simões Pereira não vencesse as presidenciais.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal entende que “não é uma condição necessária de estabilidade” que a maioria parlamentar coincida “ponto por ponto” com a maioria de onde saiu o PR.

Augusto Santos Silva que está na Capital Moçambicana, para a posse do Presidente Filipe Nyusi, ocorrida ontem, afastou o cenário de uma nova crise na Guiné-Bissau e admitiu que assim que ficar “fechado” esse ciclo, e “logo” que o Supremo Tribunal tomar a sua decisão e os resultados sejam definitivos, “teremos um novo Presidente” na Guiné-Bissau.