Portugal. PR avisa que se não houver orçamento, ele dissolve Parlamento

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Aviso está dado, embora Marcelo avisa que vai aguardar até “ao último segundo”

Portugal está num suspense. O Partido Socialista, que governa, não tem garantias de fazer aprovar na Assembleia da República o Orçamento para o ano económico de 2022, e o Presidente já avisou que sem orçamento, o Parlamento será dissolvido logo de seguida. Ou seja, já na quarta-feira, dia em que se discute o orçamento na generalidade, se não for aprovado, a Assembleia da República é imediatamente dissolvida.

“Vamos ponderar até ao último segundo” e “ver se é possível de alguma forma encontrar o número de Deputados para viabilizar o orçamento”, apelou o Chefe do Estado, lembrando que “até ao momento da votação é sempre possível continuar a falar”.

Marcelo Rebelo de Sousa reafirma que “o que é desejável e o que eu esperaria que acontecesse é que o orçamento passasse”, mas que se isso “de todo em todo isso for impossível, eu inicio logo o processo (para convocar eleições antecipadas”.

Esta segunda-feira, 25, o PAN e as Deputadas não inscritas, Cristina Rodrigues, e Joacine Katar Moreira, anunciaram que se vão abster na votação na generalidade.

O voto contra dos dez Deputados do PCP no Orçamento agora hoje anunciado determina, desde já, o seu ‘chumbo’ na votação na generalidade.

O documento tem votos a favor dos 108 Deputados do PS, mas 115 contra (a confirmar-se o do BE, que se junta a PSD, CDS-PP, Chega, IL e agora PCP), além de cinco abstenções do PAN e duas Deputadas não inscritas.

Apenas falta anunciar o sentido de voto do Partido Ecologista “Os Verdes”, mas, mesmo que os seus dois Deputados votassem a favor do documento, seriam insuficientes para a sua aprovação.