Portugal projeta instalar Centro de Formação Profissional em Cabo Verde

Autoridades falam em um “investimento estratégico” para, a partir do Arquipélago, formar quadros que possam interessar noutros mercados

Numa altura em que Cabo Verde e Portugal assinam um Memorando sobre a Mobilidade Laboral, as autoridades Portuguesas anunciam a intenção de instalar um Centro de Formação Profissional no nosso País.

A Ministra Portuguesa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social dá conta do “compromisso” do seu País em “lançar” em Cabo Verde o que classifica de “investimento estratégico”, afirmando Cabo Verde como um “hub de formação, precisamente como um espaço privilegiado também aqui nesta articulação com Cabo Verde”.

Ana Mendes Godinho dá conta da “grande preocupação” das partes em “assumir também aqui o investimento estratégico de Portugal em Cabo Verde na área da formação, para também garantir que estamos verdadeiramente em termos de cooperação alinhados naquilo que é o investimento que traz retorno no futuro, que é o investimento nas qualificações e na formação das pessoas”.

“Nós precisamos todos, cada vez mais, de garantir que valorizamos o papel dos trabalhadores nas nossas sociedades.

Tem, aliás, sido essa uma tónica permanente nas nossas intervenções”, vincou, observando que com o acordo hoje assinado, na Capital Cabo-verdiana, com o seu homólogo Fernando Elísio Freire, “estamos a fazer é garantir, por um lado, que há capacidade de articulação total para que os movimentos também de migração e de mobilidade sejam feitos respeitando todos os direitos das pessoas e garantindo a real integração das pessoas onde quer que estejam”.

O Ministro que tutela o setor do Trabalho no Arquipélago enaltece a aposta de Portugal e enfatiza o fato de o nosso País ser um “ponto estratégico” em matéria de prestação de serviços de formação profissional para o espaço da CPLP, e outros países vizinhos.

“É sinal claro de que ganha Cabo Verde, com mais disponibilidade de mão-de-obra qualificada para as nossas empresas, mas também para as empresas em todo o mundo e para Portugal em particular”, reconheceu.

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