Estas foram as palavras-chaves dos discursos do Presidente da República e do Primeiro-Ministro, na abertura do I Fórum Nacional da Juventude
O Primeiro-Ministro participou no diálogo sobre a Juventude Africana: Perspetivas e Oportunidades. Na sua primeira alocução, o Chefe do Governo afirmou haver ainda dificuldades em Cabo Verde, assim como em outros países, mas pediu confiança aos mais jovens.
Ulisses Correia e Silva disse que é preciso confiar nas possibilidades de desenvolvimento do nosso País. Mas mais do que isso, acautelou, “é preciso comunicar, haver comprometimento, aumentar o nível de confiança e passar para os jovens a mensagem de que o sistema de desenvolvimento de um País é complexo. Tem governos, tem administrações, tem empresas mas tem também cidadãos, e nós se fizermos a nossa cidadania pró-ativa, não nos sentirmos apenas como vítimas do sistema mas como participantes ativos, podemos mudar muita coisa. E os jovens com sua irreverência, com a sua capacidade e energia, havendo ambientes favoráveis, podem fazer mudanças significativas”, advogou.
UCS destacou ainda a importância de se promover soluções ao invés de lamentações, e apontou o exemplo partilhado, no fórum, pela Ministra da Juventude de Rwanda. Um País, frisou, que passou por fases difíceis, mas onde os mesmos cidadãos constroem hoje um País diferente, porque, justifica, houve uma mudança de atitude e de canalização de energia para coisas positivas o que acabou por provocar alterações muito significativas.
O PM considera que estes três dias de Fórum Nacional da Juventude, que decorre na Cidade do Mindelo, durante os dias 17, 18 e 19, permite conectar os jovens Cabo-verdianos com a juventude Africana.
Enquanto isso, o Presidente da República realçou a importância de se continuar a apostar na formação e na capacitação dos jovens para moldar o futuro.
Jorge Carlos Fonseca defendeu que a promoção da cultura verdadeiramente empreendedora deve ser do interesse de todos. Por isso, defende, a necessidade de se preparar os adolescentes e jovens para serem cada vez mais inovadores.
“É imperativo capacitar os jovens com conhecimento e as habilidades necessárias para moldar o futuro desta Nação. Esta visão também deve ter como alvo aqueles que precisam de mais apoio, isto é, aqueles que não estão no sistema educativo, nem no mercado de trabalho e em especial os jovens com deficiência. Mais do que um conceito que esteja na moda, a inovação como um ecossistema voltado para a geração de riquezas e oportunidades requer a criação de um ambiente propício à expressão da criatividade, à audácia e ao talento dos nossos jovens envolvendo empresas, investidores, o acesso às tecnologias de informação e comunicação, universidades e centros de conhecimento”, disse o PR.
O Chefe de Estado chamou a atenção para a necessidade de se melhorar o índice de competitividade no mercado global e asseverou ser isto possível com incidência nos alicerces que sustentarão o chamado ecossistema.
