Escândalo que está a balançar a opinião pública nacional, promete fazer correr muita tinta, por indícios de peculato na Presidência da República
A indignação é generalizada, principalmente nas redes sociais, com cidadãos de vária ordem e estratos sociais a apelar à intervenção das autoridades judiciais com competência na matéria, para esclarecer esta situação em que o Chefe de Estado, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição da República, aparece a cometer uma grave ilegalidade, por ele mesmo confirmada, em nota oficial.
Os mais de 300 contos de salário que a esposa do PR recebe mensalmente, agravado de não ter qualquer contrato com a Presidência, nas palavras do PR, está a inquietar a opinião pública Cabo-verdiana.
Dos Partidos políticos ainda não se ouviu, oficialmente, qualquer posicionamento, o que para um nosso interlocutor é “gravíssimo”, porquanto o PR não está acima da lei. “Ele deve cumprir a lei e nada mais”, adiantou, observando, categórico que o Chefe de Estado “não pode e nem deve pagar a ninguém” para ser primeira-dama.
Segundo a legislação Cabo-verdiana, o Chefe de Estado tem um salário mensal na ordem dos 170 mil Escudos, a que se acresce um subsídio equivalente a despesas de representação (51 contos, mensais), habitação do Estado ou renda de 70.000$00.
O espaço político cabo-verdiano vem sendo dominado, desde há muito tempo, por corruptos, ladrões, aproveitadores, oportunistas e incompetentes. Esta tem sido regra. Claro, todas as regras têm exceção. E, como é óbvio, poucos são aqueles que, ocupando esse espaço, constituem exceção à regra. E por serem poucos, não conseguem inverter a tendência perniciosa. Eis a razão porque muitos abandonaram a vida política e muitos ainda fazem questão de permanecerem longe dela. Verifica-se, assim, em Cabo Verde, tal como noutras paragens, a célebre lei de Gresham: «…. a má moeda retira da circulação a boa moeda….». É simplesmente lamentável!
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