Primeiro-Ministro anuncia linha de crédito de nove milhões de contos de apoio à retoma económica

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Essa linha será lançada já no próximo ano. Ulisses Correia e Silva falava na abertura da FIC, onde anunciou também a revisão do Código Laboral para a melhor produtividade

O Primeiro-Ministro anunciou ontem que o Governo vai lançar já no próximo ano uma linha de crédito, no valor de nove milhões de contos, para apoiar a retoma económica no País. “Tive o prazer de anunciar que medidas de apoio às empresas e ao investimento vão ser reforçadas: 9 milhões de contos de linhas de crédito para a retoma económica; criação de Fundo de Impacto para apoio às MPME’s; reforço da capacidade de intervenção da Pro Capital, da Pro Empresa e da Pro Garante para operações de capital de risco, assistência técnica e garantias, no montante total de 30 milhões de Dólares”, anunciou o Chefe do Governo.

Segundo UCS, serão ainda avançados o programa Operacional do Turismo com um investimento de 50 milhões de Euros nos próximos 5 anos; o Programa de apoio à indústria transformadora nacional, o Programa de seguro de Crédito à exportação, implementação em janeiro do próximo ano, da Lei de Garantias de Registo de Bens Móveis; implementação no próximo ano da Janela Única de Comércio Externo; Operacionalização do regime de insolvências e recuperação de empresas em situação de stress financeiro e o Programa de promoção de fusões e aquisições para estimular e incentivar a realização de operações financeiras de fusões e aquisições.

UCS, que falava na abertura da FIC, perante centenas de empresários, nacionais e internacionais, anunciou ainda a revisão do Código Laboral, para uma melhor produtividade. “Vamos ter de mexer no Código Laboral, sim, para flexibilizar, mas para introduzir maiores níveis e melhores níveis de produtividade no trabalho”, vincou, anunciando ainda que para além disso, serão feitas várias reformas, com especial incidência nos transportes aéreos e marítimos, na gestão dos aeroportos e dos Portos marítimos, na segurança social, na modernização e digitalização da administração pública e na melhoria do Doing Business.

O País, disse, está a viver “momentos difíceis, mas é transitório”.

A economia mundial, perspetiva, irá recuperar e a economia Cabo-verdiana também. “Numa perspetiva de médio e longo prazo, privilegiamos investimentos em transformações estruturais que tornem a economia mais resiliente e mais diversificada. E o setor privado terá um papel relevante nessas transformações: transição energética, viabilização da agricultura, transformação digital e a economia digital, desenvolvimento da economia azul, o turismo mais diversificado e desconcentrado, a dinamização da indústria”, precisou. O Governo, vincou, está confiante porque há sinais positivos, como retoma Turismo, que trouxe a reabertura dos hotéis, retorno ao emprego, crescimento IDE e procura externa de Cabo Verde e importantes investimentos privados em curso no turismo, na saúde, na aquacultura.

De realçar que só em 2020, em meio da pandemia, foram aprovados novos projetos privados no valor superior a 1.200 milhões de Euros.