Primeiro-Ministro destaca acordo “inovador e impactante” com Portugal

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Já na próxima cimeira do Clima, Cabo Verde e Portugal já farão “discurso diferente”

O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, destacou esta manhã o caráter “inovador” e “impactante” do acordo assinado hoje com Portugal e reconheceu a “vontade política e confiança mútua” para a concretização do acordo entre os dois países.

Ao copresidir a assinatura do acordo que converte 12 milhões de Euros da dívida de Cabo Verde num fundo climático e ambiental, ao lado do Primeiro-Ministro Português, Ulisses Correia e Silva acentuou que Portugal e Cabo Verde têm razões para no próximo COPE “fazermos um discurso diferente”.

“Nós estamos a agir”, acentuou de seguida, não sem antes reconhecer que para se chegar ao ponto da assinatura o processo levou “algum tempo” na sua preparação. “Muito trabalho, mas se não tivesse havido vontade política não estaríamos hoje aqui a concretizar algo importante”, vincou.

UCS assinala ser um acordo para uma contribuição “importante” de Portugal para o fundo climático e ambiental de Cabo Verde que irá ser aplicado em investimentos para aumentar a resiliência do País e para se poder “atingir” os ODS.

Cabo Verde tem metas e objetivos “muito ambiciosos”, ajuntou UCS, observando que no horizonte de 2023, o País quer atingir “mais de 54%” de penetração de energias renováveis na produção e armazenamento de energia e eletricidade, a par do objetivo de chegar a “100%” de eletricidade através de energias renováveis em 2040 e dos “100%” na mobilidade elétrica em 2040 e de atingir a neutralidade carbónica em 2050.

“Isto exige investimentos”, ajuntou o Chefe do Governo Cabo-verdiano, reiterando que o pacote global de investimentos na transição energética é de cerca de 520 milhões de Euros, mas cerca de 65% desse valor vai ser financiamento em regime de parcerias público privado.