Razões do meu interesse para a política

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Fui eleita Delegada para a XIII convenção do MpD que se realiza de 25 a 27 do corrente maio. Foram inúmeros os questionamentos que levantei antes de aceitar esse desafio, desde de “porquê entrar na politica? Porquê passar da posição passiva para ativa de eleitor a representante? Porquê sair da minha zona de conforto e dar esse passo em frente?

Numa das minhas pesquisas sobre a educação política, chamou-me a atenção o conceito de Aristóteles sobre a política, que o homem é um animal político, pois fazemos política o tempo inteiro, é necessário tomar decisões que acabam por afetar a coletividade.

Nada mais verdadeiro, pois não podemos nos enganar que pelo facto de, em algum momento não estarmos afilhados ao partido A ou B, não estamos a fazer política, não obstante isso, no dia a dia tomamos decisões em prol do coletivo.

Estou numa fase em que me considero, mais consciente e mais madura, quero sair da letargia e “livrar do castigo” destinado aqueles que não se interessam pela política, pois é um castigo pesado.

Diria que todos nós já sentimos o sabor da seguinte frase: “O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam” – Arnold Toynbee

Com efeito, quero “deixar de omitir na política” e diminuir as chances de ser governado pelos que de facto interessam e que possam estar motivados de outros interesses, diferentes daquilo para os quais foram eleitos

É natural as pessoas desacreditarem na política, pois a perceção é que a máquina pública nem sempre serve o povo, os interesses nem sempre vão ao encontro do bem-estar da população. Mas é possível mudar essa perceção!

É preciso sair da fase de indignação e passar à prática, é possível inovar com uma nova geração!

Tenho a certeza que a maioria de nós, os munícipes de São Domingos – eu incluso –  temos dificuldades em traduzir o nosso descontentamento com o atual estado das coisas em ações práticas que mudam o curso das coisas. Somos um Município, que não obstante o seu potencial económico, continua pobre e sem recursos. Não podemos aceitar as coisas como estão e nem ficar anestesiados frente aos inúmeros custos de oportunidade. É preciso sentar na mesa onde são tomadas as decisões, é preciso participar na decisão face à localização do próximo Liceu, do próximo hospital, da próxima escola de música, do próximo hotel, da próxima estufa, da próxima escola náutica, do próximo viveiro, do próximo museu…  Já é tempo de São Domingos, sobretudo Nossa Senhora da Luz,  receber  acesso, infraestrutura, educação, etc!!

A nossa frágil cultura política, tem sido um dos bloqueios psicológicos para não darmos um passo em frente, não obstante a nossa democracia ter espaço para que todos possamos participar e estar representados.

É preciso banir esse sentimento de descrença e encarar a política como promotor de mudanças, capaz de promover transformação não só política, mas social e económica.

Não importa se não sabemos por onde começar, o importante é agir e dar um passo à frente.

Quero continuar  a acreditar na prosperidade de São Domingos, enquanto concelho, tendo como base e suporte o MpD, Movimento para a Democracia.

Não tenho dúvidas que a convenção será o grande palco para fortalecimento do partido e que terá impactos seguros na governação do país.

1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns minha amiga querida. Estou surpreso mas contente por ter tomado tão sábia decisão. Dar-te-ei um abraço na primeira oportunidade.

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