Recado aos palhaços da Internet crioula

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Alguns estalinistas menores da nossa praça, actuando nos esgotos das “redes sociais”, resolveram, quase que em transe (Freud explica!), republicar um vídeo (aliás público e disponível no site da TCV) em que o autor destas linhas comentava, tranquilamente, as eleições norte-americanas de 2016.

Esses miseráveis não têm, definitivamente, a noção do ridículo.

Em primeiro lugar, são flagrantemente desonestos, ao des-contextualizarem as minhas reflexões e os meus comentários.

Ora, durante quatro anos (2016-2020), nenhum desses fantoches conseguiu alinhavar um único texto, ou algo minimamente coerente, capaz de desmentir aquilo que afirmei, de forma transparente e fundamentada, na TCV.

Isso, é claro, ficou trancado na garganta desses tristes eunucos intelectuais.

O que fazem agora, de forma estúpida, despropositada e traiçoeira?

Tentam ligar o meu comentário televisivo de 2016 à invasão do Capitólio ocorrida em Janeiro de 2021, nos EUA!!!

É isso que define o perfeito idiota: a incapacidade de pensar e, sobretudo, de perceber a ligação lógica entre as coisas.

A “banalidade do mal”, de que falava Hannah Arendt, é a sina dessa gente perturbada.

Os estalinistas “pensam” (sempre) com a parte traseira da cuca, como dizia, sugestivamente, o grande José Osvaldo da Meira Penna.

É evidente que eu não defendo badernas e tenho, aliás, um respeito profundo pelas instituições democráticas.

O próprio Donald Trump, já agora, ao contrário das mentirinhas abjectas postas a circular pela matilha doméstica, já repudiou, firmemente, esses inusitados ataques ao Congresso, a sede do poder legislativo, afirmando que os desordeiros do Capitólio “não representam a América” e que devem ser punidos, nos termos da lei.

Informem-se, seus palhaços.

Da minha parte, admiro profundamente a América de George Washington e sempre defendi, com paixão, a filosofia política dos “founding fathers”, uma das bases da tradição ocidental da liberdade, que a malta do PAIGC-CV, por sua vez, combateu ferozmente, desde 1975, quando tomaram de assalto o poder nestas ilhas e prenderam arbitrariamente os seus adversários ideológicos.

Não sejam hipócritas.

Vocês apreciam a Venezuela de Hugo Chávez e Maduro e o regime cubano do ditador e genocida Fidel Castro.

São inimigos da Sociedade Aberta.

Durante vinte anos tenho feito, como é do conhecimento geral, um combate cívico ininterrupto em prol da liberdade, do primado da lei e da democracia representativa.

Isso está, de resto, documentado em vários livros e ensaios que mereceram elogios públicos de nomes sonantes de Cabo Verde e do estrangeiro.

Quanto aos eunucos de serviço, só publicam, coitados, “merdinhas enfeitadas” no Facebook, retomando os dizeres do imenso poeta João Varela.

Querem divulgar vídeos e quejandos?

Porque não divulgam, então, o vídeo (esse, sim, altamente comprometedor) em que o sr. José Maria Pereira Neves afirma, publicamente, que Amílcar Cabral foi morto pelos seus antigos colegas/dirigentes do PAIGC?

Porque não divulgam, também, a fala do sr. Pedro Pires, em que este afirmava, com todas as letras, que os adversários políticos devem ser abatidos como lobos, sem qualquer piedade ou compaixão?

Porque não mencionam as valas comuns da Guiné-Bissau, quando o PAIGC (capitaneado por cabo-verdianos bem identificados…) fuzilava e enterrava, como párias, centenas dos seus desafectos?

Não. Quem defende a baderna e a violência revolucionária não é Casimiro de Pina.

São vocês, os revolucionários de pacotilha, que nunca aceitaram a legitimidade da Constituição de 1992 e, ainda hoje, desafiam a “rule of law”, em nome dos velhos mitos da “luta armada”.

Vocês é que não deixam a sociedade cabo-verdiana florescer e usufruir a LIBERDADE que ela merece. Façam, por favor, um exame de consciência.

A crença marxista é o íncubo do vosso cérebro doente e totalitário.

Vocês é que nunca perceberam que “a liberdade é hino e o Homem a certeza”.

Tentem fazer, ao menos, um “up-grade”. Como?

É simples: comecem por celebrar, este ano, sem reservas mentais, o “13 de Janeiro”, o dia da Liberdade e Democracia.

2021 é, sem dúvida, uma senha preciosa: XXX aniversário da Democracia em Cabo Verde!

Estudem a filosofia da liberdade. Pratiquem-na, mais ainda, diariamente.

Tentem perceber, com Alexis de Tocqueville, que a liberdade é sobretudo um charme, e que consiste no sublime prazer de “pensar, agir e respirar sem constrangimentos, sob o governo de Deus e das leis”.

Sei que tudo isto é muito difícil para vocês, ó netinhos da URSS, porque o espírito tribal e de matilha não é fácil de abandonar.

Mas acredito nas pessoas. Acredito no Homem.

Só peço a Deus que tenha misericórdia das vossas almas, e vos auxilie.

Acredito na recuperação humana.

Sapere aude.



4 COMENTÁRIOS

  1. A sério que o Casimiro de Pina esta a rssponder ao Tey ? Ao Tey ? O homem não consegue nem articukar dois pensamentos ainda mais discutir com o Casimiro de Pina. Esse Tey é opinador de fb que repete aquilo que vê algures, foi entrevistado na rtp e fez uma figura tão má que deu enorme trabalho aos editores e ainda assim saiu uma bosta, reduziram ao máximo o tempo que ele esteve a falar (sem dizer nada). O mais cômico é ver os amigos dele a darem “corda”.

  2. Vou aproveitar este espaço do Casimiro, para falar de outro assunto, cabendo ao jornal publicar se assim o entender. Antes, confissão de interesse: nada me move contra o jornal Expresso das Ilhas. O que me move é a burrice na entrevista com a ‘presidenta’ do Paicv. É normal e natural que numa entrevista de balanço seja dada a oposição a oportunidade para responder como fazia se estivesse no governo e criticar as posições do adversário. Isto é bom, é bonito e é a seiva da nossa democracia. O que não é bom, não é bonito, é não levantar questões incômodas, seja por medo, conveniência ou conivência, como as papagaidas da líder do Paicv, que ora diz uma coisa, ora diz a outra sobre o mesmo assunto, é não ser questionar o Paicv sobre casos de suposta corrupção envolvendo seus dirigentes, roubo de energia, uso do avião militar em festas no Maio, questionar a mulher sobre o caso de sua líder criticar as privatizações e ser umas das primeiras beneficiárias das privatizações, não dar a mulher a oportunidade de explicar as sua confusões ideológicas. E mais: é não dar a JHA as chances de explicar os despedimentos em massa nas câmaras do Paicv. É não dar a JHA a chance de explicar a colocação de diretores na CMP sem concursos e não questionar a mulher das medidas populistas da CMP para garantir votos ao Paicv, num ano de restrição financeira , e ao mesmo tempo que o Paicv chamar de medidas populistas as que o governo toma em relação aos mais afetados pela crise. Enfim, um jornal que não entende nada disso, não é jornal. Não fazendo isso, deixava o Expresso das Ilhas este “servicinho” para Semana, Nação, Santiago Magazine, Notícias do Norte e essa gentalha toda. Não é jornal, não é jornalismo. É qualquer outra coisa. Este não o jeito de um jornal comprometido com os ideais da Liberdade e da Democracia. Questiona tudo para que as pessoas sabam como a outra parte faria de diferente e para melhor. Questiona a JHA sobre clichês e questionar a líder da oposição pelas ameaças veladas contra o Estado do Direito ou não oriundas do Paicv, não questionar a JHA sobre se acredita na justiça de Cabo Verde ou na justiça da Cedeao é qualquer outra coisa e, menos jornalismo.

  3. “… questionar a JHA sobre clichês e não questiona a líder da oposição pelas ameaças veladas contra o Estado de Direito oriundas do Paicv…”

  4. Casi … dá-lhes! Cambada de comunistas auto-intitulados melhores Filhos da Terra. Só Mamadores do Estado

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