Ruanda autoriza produção de canábis exclusivamente para exportação

Essa autorização, no entanto, não anula a proibição do seu uso naquele País, onde os infratores estão sujeitos a dois anos de prisão. Já os vendedores enfrentam até 20 anos de prisão e, em alguns casos, mesmo a prisão perpétua

O Governo do Ruanda autorizou hoje a produção no seu solo de cannabis para uso terapêutico, exclusivamente para exportação, e esclareceu que a autorização não anula a proibição do seu uso no País.

“O Ruanda vai começar a receber pedidos de licenças de investidores interessados nesta cultura terapêutica de alto valor acrescentado”, afirmou o Governo numa declaração, acrescentando que “este quadro específico de investimento não afeta o estatuto legal do consumo de cannabis no País, que continua proibido”.

De acordo com o Conselho de Desenvolvimento Ruandês, RDB, várias empresas apresentaram propostas para iniciar a produção no País, que permitirá ao Ruanda aceder ao muito rentável mercado da canábis terapêutica. “Temos investidores interessados com quem iremos trabalhar nos próximos dias, agora que as diretrizes estão em vigor”, disse a Presidente da RDB, Clare Akamanzi, em declarações ao canal público de televisão do Ruanda. “Os Estados Unidos, o Canadá e a União Europeia são mercados importantes, que compram estes produtos”, continuou.

As autoridades ruandesas não avançaram que regiões deste País onde a agricultura é o principal setor empregador serão destinadas à produção, nem uma data provável para o seu início.

As empresas licenciadas, acrescentou Akamanzi, terão de “apresentar um programa de segurança muito sólido, que terá de ser validado pelos serviços de segurança” do País.

O uso de cannabis é proibido no Ruanda e os infratores estão sujeitos a dois anos de prisão. Já os vendedores enfrentam até 20 anos de prisão e, em alguns casos, mesmo a prisão perpétua.