Em discurso acabado de pronunciar no encerramento da Universidade de Verão do MpD, o Presidente do PSD acaba de elencar aquilo que considera dever ser a posição de Portugal em matéria de política externa
Rui Rio acaba de fazer a sua comunicação no encerramento da segunda Universidade de Verão do MpD, tendo avançado as posições do PSD em matéria de política externa.
Ao entrar no tema, o político parafraseou Virgílio Ferreira “um dos melhores escritores” portugueses, conforme assinalou.
“As fronteiras históricas, culturais e afetivas estratégicas de Portugal começam na Europa, estendem-se ao Atlântico, incluem uma plataforma continental que pode ir até 200 milhas marítimas…”, indicou o líder da Oposição portuguesa, para de seguida afirmar que Portugal tem “tantas fronteiras” e é um “Estado europeu, atlântico e lusófono”.
“Esta conceção de País é a base da visão política externa” do PSD, adiantou, assegurando que desde a sua génese o Partido Social Democrata “assumiu-se como a voz do pragmatismo e da responsabilidade” no que diz respeito à política externa de Portugal.
O Atlântico, a Lusofonia e a Europa, avançou o antigo Autarca do Porto, são “pontos não negociáveis” para o seu Partido mas também “não devem ser hierarquizados”, clarificou, assegurando que “é em igualdade de circunstâncias” entre as 3 vertentes que Portugal se encontra na “melhor posição” para fazer face aos desafios.
Mais adiante, Rui Rio atestou que o Partido que preside “é atlantista” e valoriza muito a importância dos Estados Unidos enquanto “parceiro político e securitário” de Portugal. Defende mesmo que as autoridades de Lisboa devem procurar a “mais estreita relação de amizade com a principal potência atlântica e global”.
Um Partido Lusófono
O PSD “é lusófono” acrescentou noutro ponto da sua comunicação, asseverando defender o que considera ser “relação especial” com todos os países da CPLP. “Valorizamos sempre a importância estratégica e económica da Lusofonia”, acentuou.
Mais adiante, Rui Rio assegurou também que o PSD “é europeísta” e defende a “integração de Portugal nas comunidades europeias” como forma de assegurar a “congruência de valores”.
Mas o PSD é um Partido “ambicioso e inovador” que procura dar atenção aos novos centros de poder que surgem no Séc. XXI, observou Rio que defende uma política externa “ambiciosa” que aproveite o “extraordinário corpo diplomático” para continuar a colocar portugueses em posições de topo em organizações internacionais.
O PSD apoia “sem hesitações” a participação das Forças Armadas e de Segurança em operações de paz no quadro da ONU, da NATO e da União Europeia, garantiu Rui Rio, observando que esta participação consubstancia a “valorização” do multilateralismo e a contribuição portuguesa para os esforços da chamada comunidade internacional na contenção e resolução de conflitos.
A ideia de política externa do PSD, avançou o seu líder, passa por um “compromisso com Portugal (…) que decorre da sua preferência histórica pelo realismo e pelo pragmatismo”, pontuou, para já na ponta final da sua comunicação reiterar que o PSD “tudo fará” para que o Atlântico e a Lusofonia “nos unam para sempre, e nunca mais nos separam”.