Santo Padre aconselha a responder ao mal com o bem

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Líder Católico refletia, esta manhã, sobre o Evangelho em que Jesus diz aos seus Discípulos para oferecer a “outra face”, para “desarmar o rancor”

Embora sem se referir, uma única vez, à situação de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, parece evidente que o Papa Francisco tinha presente aquela região do globo.

Numa reflexão, esta manhã, no Vaticano, a partir do Evangelho em que Jesus diz aos seus Discípulos para oferecer a “outra face”, para “desarmar o rancor”, o Sumo Pontífice indicou que “com o Espírito de Jesus” o homem pode “responder ao mal com o bem” e “podemos amar quem nos faz mal”.

“Assim fazem os cristãos”, assegurou, admitindo ser “triste” ver pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos mas que veem os outros como “inimigos e pensam em fazer guerra!”.

“Dar a outra face não significa sofrer em silêncio, ceder à injustiça. Jesus denuncia o que é injusto, mas fá-lo sem raiva nem violência, mas com bondade”, observou de seguida, constatando que o Mestre “não quer desencadear uma discussão, mas desarmar o rancor: extinguir o ódio e a injustiça, tentando recuperar o irmão culpado. Isso é dar a outra face”, enfatizou.

Aos milhares de fiéis reunidos na praça de São Pedro, o Papa lembrou, ainda, que dar a outra face, sugerido por Jesus Cristo, “não é o recuo de quem perde, mas a ação de quem tem uma força interior maior, que vence o mal com o bem, que abre uma brecha no coração do inimigo, desmascarando o absurdo de seu ódio. Não é ditado pelo cálculo, mas pelo amor”, continuou.