SÃO MIGUEL: Câmara Municipal acusa SM de fazer frete ao PAICV

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Autarquia nega informação veiculada naquele online e acusa o jornal de estar a fazer frete ao PAICV

Uma “fake news”, assim reagiu a Câmara Municipal de São Miguel, na ilha de Santiago, ao conteúdo de uma suposta informação veiculada no online “Santiago Magazine” e que dava conta de uma suposta indignação de um grupo de jovens contra a Autarquia. O jornal referia a um suposto concurso em que algumas pessoas terão sido beneficiadas.

Em resposta, a Autarquia liderada por Herménio (Meno) Fernandes foi contundente e disse: “Santiago Magazine descara e inicia propaganda falsa explícita”. Mais adiante, refere-se o seguinte: “Que Santiago Magazine é um jornal do PAICV é sabido. Que as informações de Santiago Magazine não têm credibilidade também é sabido. Que o PAICV usa descaradamente este diário online como mais uma forma de esconder a cara e lançar suspeições infundadas também é sabido. Só não sabíamos que o descaramento era de tal modo que usam o nome de um grupo de jovens, não identificados, para atacar a Câmara Municipal de São Miguel e tentar confundir a opinião pública”.

Para a Câmara Municipal, o “único propósito” do SM é “atingir” o Governo e as Câmaras Municipais, “procurando desvalorizar” o trabalho que vem sendo feito.

“Em São Miguel a investida têm sido de todas as formas, não importa como. O objetivo é lançar suspeições. Que jornal é esse? Que princípios norteiam este diário?” questiona a nota.

Trabalho meritório

Entretanto, a nota explica que no quadro da “valorização profissional e combate ao trabalho precário”, a Câmara Municipal tem vindo a fazer um “trabalho meritório” na regularização da situação de um grupo de 53 colaboradores que prestam serviços há vários anos, mas em situação irregular. O grupo é integrado por varredeiras, calceteiros, fiscais, bombeiros e guardas.

Refere entretanto que numa primeira fase já foram “regularizadas” 35 situações, incluindo de “três jovens” referidos na suposta notícia, mas a Autarquia garante que os três “já prestavam serviço” à Câmara antes do anunciado concurso. O que se pretendeu, garante, foi “dar-lhes oportunidade de domiciliação dos seus ordenados no banco, direito a férias, inscrição no INPS, direito a aposentação e um aumento substancial nos seus salários”.

Os restantes 18, garante a Câmara, terão suas situações regularizadas ainda neste semestre.

A Câmara recusa a ideia de que houve violação de regras no concurso. “Houve sim violação dos princípios éticos do jornalismo, dos princípios de imparcialidade, investigação e análise baseado em factos reais. Santiago Magazine não cumpriu nenhum desses princípios, avaliou, classificando a suposta notícia como “mais um ato de desânimo” do PAICV em São Miguel “que se esconde atrás deste diário online. Mais um ato de desespero de uma Oposição moribunda, desnorteada e perturbada com as transformações que se vive em São Miguel e no País”.