O projeto de inclusão socioeconómica e desenvolvimento da Ribeira de São Miguel, lançado em março último, vai beneficiar, diretamente, 47 mulheres da localidade do meio rural, que se encontra numa fase “bastante avançada”
O Edil micaelense, Herménio (Meno) Fernandes, garante que o projeto beneficia 557 pessoas, vai permitir que as mulheres tenham a possibilidade de ter um emprego, acesso ao rendimento, e com isso, “ter condições” para educar os filhos, cuidar da saúde e ter uma vida condigna.
O Autarca informou que de momento está-se na construção de reservatórios, formação das 47 mulheres beneficiárias diretas e ainda a realizar testes de sementes, prevendo-se, “para breve”, uma “grande transformação” naquela ribeira.
Acrescenta que esta transformação passa-se, sobretudo, ao nível de mentalidades, tendo em conta que o objetivo do projeto é tornar essas mulheres empreendedoras e pequenas empresárias.
Além da produção, o Edil disse que no âmbito deste projeto integrador, prevê-se ainda a construção de uma loja social para a venda de todos os produtos, de sementes e acessórios ligados à agropecuária.
Após testes de sementes vai-se arrancar com a produção, em escala, de produtos hortícolas e colocação dos mesmos nos mercados turísticos da Boa Vista, tendo em conta que o projeto tem como parceiro um dos hotéis da ilha, informa o Edil que manifestou a intenção da Autarquia levar o mesmo projeto a outras localidades do Concelho, tendo em conta que 55 % de famílias, em São Miguel, são chefiadas por mulheres e ainda porque a pobreza ainda tem um “rosto feminino”.
Para além de um hotel, o projeto conta com a parceria de duas ONG’s francesas, uma empresa local, a Câmara Municipal, o Ministério da Família e Inclusão Social, o ICIEG, e o INIDA, com um orçamento na ordem dos 17 mil contos.
