SIDNEY CARDOSO: Crónica no Dia do Trabalhador

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OPAÍS na Cidade da Praia constatou que nem todas as lojas feriaram no dia de hoje. Nota-se movimentação em direção ao interior da ilha

Manhã do Dia do Trabalhador, estamos na Cidade da Praia. Vamos conferir o movimento e a dinâmica da Cidade neste feriado nacional.

Primeira observação. Lojas chinesas operam normalmente e as funcionárias estão na batente como se fosse um dia normal. Não há feriado por estas bandas.

Contamos, pelo menos, 10 lojas em funcionamento. Não há feriado por estes lados. E assim será até, pelo menos, 19 horas. Houve mesmo quem expressasse sua indignação com trabalho nesse dia mas tem mesmo que trabalhar…

Adiante

Estamos na Avenida Cidade de Lisboa e aparentemente tudo normal, pouca movimentação de pessoas na rua mas nota-se um frenesim de viaturas naquela azáfama para o interior.

Seguimos também nós na Avenida, em direção ao Sucupira até chegar à Ponte do Paiol onde se nota maior movimentação de pessoas.

Os hiaces, sobretudo, circulam por estas bandas mais do que o normal, diríamos.

Ouve-se buzinas e aqueles slogans: “ei, bu sta bai Somada?”, “nu bai, nu bai”, “Cheio, rosto pa fora”.

Aliado a isso, aquela correria, melhor, puxa-puxa dos “ajudantes” para lotar cada hiace com as pessoas que se movimentam.

São Filipe

Há também festa em São Filipe da Cidade da Praia e muitos dos veículos se dirigem àquela zona, transportando pessoas para continuarem os festejos do 1.º de Maio.

2 anos sem feriado

Voltamos às lojas chinesas. Uma jovem trabalhadora lamenta que nos 2 anos que presta serviço nas lojas chinesas nunca soube o que é feriado. Trabalhou até no Natal, adianta.

Outra jovem que lamenta esta violação do seu direito ao feriado diz mesmo que nem pensa desafiar o patrão, caso contrário o pouco que já ganha pode deixar de existir.

Mesmo assim não perde o seu bom humor e com alguma ironia brinca: “feriado, hoje é mesmo feriado, que dia é hoje?”

Do outro lado um dono que afirma que num dia como hoje vende-se mais. “Aproveitamos o feriado, porque vendemos mais”, responde, categoricamente.