STEFFY LIMA: O gay tem medo de ser rejeitado pelo público

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Homossexual declarado, o jovem mindelense vive agora na Cidade da Praia mas confessa que nunca teve um caso assumido porque “ainda não apareceu” a cara metade

Steffy Lima Rocha, 23 anos de idade, natural de São Vicente, assume-se como um homossexual.

Sem complexos, o jovem que nasceu em Ribeira Bote mas depois se mudou para Fonte Filipe, assume a sua opção com naturalidade.

Em conversa com OPAÍS, o jovem que agora tenta recriar uma carreira como artista – e que esta sexta-feira, 27, faz a sua apresentação no Palácio de Cultura Ildo Lobo – confessa que “nunca teve” um caso assumido, mas admite que tal não ocorreu porque “ainda não apareceu” a cara metade.

Steffy, como gosta de ser chamado, assume que desde os 15/16 anos é gay e que por essa opção tem levado uma vida de aparente tranquilidade.

Inicialmente, revela, sofreu algo que classifica como “discriminação”, sobretudo em São Vicente mas agora, conforme observa, “já nem noto”.

Há cerca de 4 meses que decidiu fixar residência na Cidade da Praia onde admite ter sido bem acolhido. “Aqui, sinto-me mais apoiado”, garante.

Se os gays são respeitados em Cabo Verde, de uma forma geral, Steffy admite que “não”, dizendo mesmo que apenas “uma parte” é que respeita os homossexuais.

“A parte mais difícil é ser tu mesmo”, reconhece, admitindo que o gay “tem medo de ser rejeitado pelo público”.

Questionado como é que os seus pais lidaram com a sua opção, Steffy respondeu com tranquilidade. “Eles me apoiaram”.

Na Praia, Steffy mora com uma irmã que conforme diz respeita a sua condição. Tem outros dois irmãos que também lidam com “naturalidade” com a sua decisão.

Steffy falou ao OPAÍS por ocasião da sua apresentação como artista, num evento que acontece esta noite, depois das 19 horas, no Platô.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Só tenho uma pequena correção a vos fazer. Não se diz “opção sexual”, mas sim “orientação sexual”! Se fosse “opção” nenhum de nós escolheria ser gay, bi, lésbica ou trans porque sabemos do que iríamos sofrer. Por favor não voltem a dizer que a orientação sexual é uma opção. Mas gostei da notícia. E eu próprio já conheci o steffy pessoalmente há uns anos atrás. Ele é uma pessoa muito fixe e simpática.

  2. entaon respondiendo a Rodrigo deberiamos todos lutar para que nao exista descriminacion social y ademais de ser uma oriientacion seia tambem uma opcion
    y que que cada um tenha dereito a elegir a opcion,,,que quer,,,porque ser gay,ou bisexual ou transsexual es tan NORMAL como ser un Heterosexual,,,,que tamben e una orientacion e uma opcion

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