É a quinta vez que o Presidente prorroga a medida. Justifica-se com o quadro epidemiológico que se mantém grave e devido ao “crescimento exponencial” de infeções e óbitos
O Presidente Evaristo Carvalho prorrogou ontem, pela quinta vez, o estado de emergência em São Tomé e Príncipe, uma decisão justificada com o “crescimento exponencial” de casos confirmados e de óbitos pelo Covid-19.
Segundo explicou, é necessário “manter e aprimorar” as medidas de combate à pandemia visando “controlar” a propagação em “larga escala” da doença no território.
A nova medida vigora até o próximo dia 15.
O Arquipélago de STP tem um acumulado de 484 casos de infeção, 12 mortos, e aponta 68 recuperados. Um total de 397 pessoas estão em isolamento domiciliar e 7 pessoas estão internados no hospital de campanha.
Em STP o confinamento obrigatório vigora entre as 18h30 e as 5 horas locais.
As autoridades do STP fizeram o que pensavam direito, até que levantaram prematuramente as restrições. Quanto mais as autoridades atrasam a tomada ou manutenção de restriçoes duras, o pior poderá ocorre com a propagação do vírus. Em todos os países onde eles levantaram as restrições em breve, isso aconteceu. O mesmo pode ser necessário aqui em Praia – prolongamento do estado de emergência com restrições totais. Não podemos ter pessoas circulando pelos bairros mais infectados e esperamos que a taxa de infecções diminua. Não é lógico.
Precisamos sofrer por um breve período para interromper a circulação do vírus. Não é possível conviver com o vírus até que ele se reduza a um nível de transmissão que seja administrável. Neste momento, não alcançamos esse objetivo. Não podemos eliminar o vírus ou seus efeitos até que haja uma cura ou uma vacina. Mas, até então, devemos primeiro controlar a propagação do vírus, a fim de viver com segurança com o vírus. Devemos tornar o vírus nosso prisioneiro da guerra, caso contrário nos tornaremos prisioneiros permanentes do vírus.
Também é problemático que nossas autoridades de saúde demorassem tanto tempo para iniciar testes em larga escala de anticorpos no Sal e em São Vicente. No entanto, esse rei dos testes também precisa ser feito em São Nicolau, Santo Antão, Fogo, Brava, Maio e Boa Vista. em ordem de prioridade. Não podemos ser seletivos em quais ilhas são submetidas a testes sorológicos, pois esse vírus é invisível e temos uma população jovem que provavelmente será portadora assintomática do vírus.
Felizmente, são apenas aqueles que estão infectados que precisamos identificar e colocar em quarentena obrigatoriamente, o mais rápido possível. Aqueles que já estavam infectados e não estão mais testando positivo com um teste de PCR, não precisamos mais nos preocupar em espalhar o vírus.
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