Suspenso julgamento de Amadeu Oliveira

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Audiência deve ser retomada no dia 5 de março

O julgamento do advogado Amadeu Oliveira foi hoje suspenso e deverá ser retomado no dia 5 de março. A audiência estava para ser retomada hoje às 8h30, depois de ontem o arguido ter abandonado a sala, mas o mesmo não aconteceu, tendo Amadeu Oliveira recebido um despacho da suspensão do julgamento, que deverá acontecer entre os dias 5, 8, 9 e 10 de março.

De realçar que o julgamento de Arlindo Teixeira, cujo advogado é Amadeu Oliveira, foi remarcado para o dia 4 de março. Oliveira congratulou-se com o adiamento dessas duas sessões, mas considera que há “um esquema” da parte do sistema para o neutralizar.

“Eles sabem que o meu processo tem 1.400 folhas, 16 testemunhas, 14 crimes. A totalidade da pena abstrata que estou sujeita ultrapassa 15 anos de cadeia e não é processo qualquer. Entretanto, temos o processo de Arlindo Teixeira. A primeira condenação foi 11 anos de cadeia, e essa gente em concertação acha que é justo que é razoável obrigar-me a fazer Arlindo Teixeira 4 de março às 10h00 para no dia 5 imediatamente às 8h30 retomar o meu julgamento”, precisou, indicando contudo que o julgamento do seu constituinte poderia esperar por mais um mês. “Mas não, eles fazem isso de propósito 4 e 5, 8, 9 e 10, naturalmente para me sufocar em termos de prazos, mas de todas as formas já é menos mal do que a situação anterior”, considerou, adiantando que sem a presença do público, não vai entrar para o julgamento.

“Eu só entro para fazer julgamento de Arlindo Teixeira com mais dois advogados e com mais cinco pessoas do povo”, indicou.

Detenção Amadeu Oliveira

O advogado explicou hoje o porquê que foi detido, na semana passada, e que a explicação chegou em forma de um despacho da Juíza Ivanilda Varela.

Segundo disse, a Juíza não aceitou a sua justificação da falta da sessão do dia 13 de janeiro, quando estava com Covid-19, porque o advogado-arguido apresentou uma cópia de teste Covid-19. “Ela poderia perfeitamente ter-me dado um prazo para apresentar um documento autêntico (…) ela reconhece que (Amadeu) estava infetado, mas ignora o documento”, disse, reafirmando que o mandato de captura foi “um exagero e um disparate e o exercício abusivo do poder”.