Taxa de sucesso no tratamento da tuberculose atingiu 90% nos últimos anos

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Observação é do Diretor Nacional de Saúde

Jorge Noel Barreto, afirmou hoje, na Cidade da Praia, que a taxa de sucesso no tratamento da tuberculose melhorou nos últimos anos, atingindo 90%, conforme recomendações internacionais.

Este responsável avançou esta informação na abertura da ação de capacitação sobre tuberculose e lepra para profissionais de saúde e diferentes áreas, realizada pelo Instituto Nacional de Saúde Pública, INPS.

Segundo o Diretor Nacional de Saúde, nos últimos três anos têm ficado nos 89%, o que significa que as estruturas de saúde e as delegacias de Saúde devem fazer “mais esforços” para que todos os doentes com tuberculose façam os seus tratamentos.

A mesma fonte destacou ainda que houve uma redução na taxa de incidência da tuberculose de mais de 50%, precisando que em 2012 era de 80 por 100 habitantes e em 2020 reduziu 34 para mil habitantes.

Jorge Barreto referiu durante a sua intervenção que o Concelho com maior número é o da Praia, uma vez que a tuberculose está muito ligada à aglomeração das pessoas. Neste sentido, lembrou que a tuberculose é uma doença que está muito ligada às condições de vida e que tem uma “forte influência” de fatores sociais, tais como aglomerações, más condições de habitação e hábitos de saúde. “Um outro aspeto é a questão do uso abusivo do álcool, que é um fator facilitador para o desenvolvimento da tuberculose, porque debilita o nosso organismo, fragiliza o sistema imunitário e facilita o desenvolvimento da tuberculose”, acrescentou o responsável, defendendo que a identificação do uso é “importantíssimo” para o tratamento desta enfermidade.

Já a presidente do INSP, Maria da Luz Lima, que presidiu a cerimónia de abertura, considerou que no momento em que o País e o mundo atravessam a pandemia da Covid-19 é preciso alertar os profissionais de saúde para não deixarem as outras doenças para trás. “Temos que continuar vigilantes não só nas doenças crónicas transmissíveis como nas não transmissíveis, porque há o desafio na redução da prevalência da tuberculose no País e eliminação final da lepra como problema de saúde pública”.

Em Cabo Verde, de acordo com o relatório estatístico 2018, do Ministério da Saúde e Segurança Social, foram registados 206 casos de tuberculose, enquanto que a lepra, há vários anos não considerada um problema de saúde pública, em 2019, segundo o programa de luta contra a tuberculose e lepra, foram registados 12 casos.

De realçar que a tuberculose é uma doença infeciosa que afeta geralmente os pulmões, embora possa também afetar outras partes do corpo. A maioria das infeções não manifesta sintomas, sendo nesses casos denominada tuberculose latente.