Através de uma entrevista com fala mansinha dada aqui nos EUA, o José, em jeito descontraído e com ensaio prévio, tentou realizar o impossível: lavar a sua imagem! “Eu não fiz nada de mal!”!
É incrível como é que os políticos se embriagam politicamente! Será uma doença? JMN ainda não percebeu bem o alcance e as consequências das suas ilegalidades e os crimes que ele cometeu!
E com esse equívoco pessoal, intencional, previamente ensaiado, ele tenta resistir e procurar incutir na mente dos cabo-verdianos que ele não fez nada de grave, que fez tudo de boa fé e que a culpa de tudo que aconteceu é dos cabo-verdianos e de quem publicou o que estava no segredo dos deuses! Ele nem sabe que o salário público não pode ser um segredo ou um dado pessoal! Porquê? Porque é utilização do dinheiro dos contribuintes! Ele tenta passar a ideia de que quem divulgou o “segredo do salário” da sua namorada é que é criminoso! O criminoso, senhor JMN, é quem praticou o acto ilegal e criminoso! E se não houvesse denúncia, como é que a sociedade iria saber do segredo do salário milionário dado à sua namorada durante dois anos? E muitos outros crimes descobertos pelas inspeções das Finanças e a auditoria do Tribunal de Contas? Na sequência da denúncia, descobriu-se coisas nunca imagináveis! Festivais de ilegalidades!
É grave essa postura de tentativa de lavagem, pois que só o JMN e os seus poucos amores é que ainda não perceberam que os seus actos e crimes do 310 constituem o maior escândalo de sempre desta República.
E porque não percebe esse alcance, ou finge não perceber, é que tenta lavar a maior nódoa da nossa Administração Pública, incluindo a época colonial. Nunca Cabo Verde assistiu um escândalo com essa magnitude. O que aconteceu é um sismo político na sua magnitude máxima!
E que fique bem claro: ainda a sociedade caboverdeana não conheceu o mar ou o oceano de ilegalidades e crimes cometidos por quem foi confiado o poder de ser o guardião da Constituição e das leis da República. O crime 310, a criação ilegal de um cargo público à namorada, o salário milionário que ele de livre vontade fixou à namorada, não é o único crime cometido pelo JMN.
Nem pensar! Quem pensar assim, está a ser enganado e aldrabado!
Para além do crime grave do salário 310, JMN cometeu mais de uma dezena de outros crimes tão graves que o crime 310.
Espero que o Tribunal de Contas e outras inspeções em curso não venham sentir medo das suas responsabilidades legais e cumprem sem nenhuma cumplicidade as suas obrigações legais.
O JMN aproveitou-se da República e cometeu todas ilegalidades e crimes possíveis! Ele quebrou sem respeito algum o juramento que fez à Nação! E isto é uma desonra à República! Imaginem?
Ele festejou e afirmou que não é ainda um Presidente condenado? Como um distraído que é, ele e os seus amores caíram na rasteira…se ele não é condenado pelos seus actos, porquê que devolveu ao Estado uma parte do dinheiro que tirou abusivamente dos cofres dos contribuintes?
Que fique bem claro, não são as minhas denúncias que estão em causa! Nada disso e eu nunca quis tirar algum proveito do que fiz. Apenas contribui para demonstrar à opinião pública a podridão que paira à volta da Presidência da República do JMN, que cometeu vários outros escândalos graves, chegando ao ponto de autorizar a Presidência da República a pagar ao SPA as massagens às suas amigas, pagou óculos pessoais às companheiras, pagou férias ilegais aos funcionários… etc, etc…
Ter pena do JMN? Vocês estão é malucos! Ouvir as desculpas do JMN? Só se formos todos estúpidos! Eu tenho pena é do meu país – CABO VERDE – que durante 18 anos sofreu os abusos, as violentas ilegalidades e os festivais financeiros do JMN! JMN não é de hoje que comete esses crimes. Imaginem os seus 15 anos de governação em que ele esteve como peixe na água a mexer nos cofres do Estado?
No dia em que tudo vier ao conhecimento do grande público, pois que todos os relatórios serão por lei publicados, a sociedade dará o devido valor aos trabalhos da inspeção e da auditoria dos órgãos competentes. Maika Lobo, graças a Deus, não precisa da fama, os campeões e os corajosos são os inspectores das Finanças e os juízes do Tribunal de Contas.
Obrigados senhores, façam o vosso trabalho até fim! Sem medo!
