Titina era “uma das caras da identidade crioula como Diáspora” – Abraão Vicente

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Ministro da Cultura diz que recebeu a notícia da morte da artista com “sentimento de pesar”

“Muito mais do que uma personagem da Morna, Titina Rodrigues era a cara da cultura Cabo-verdiana, e uma das caras da identidade crioula como Diáspora”. É a reação do Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, à monte, na madrugada de hoje, aos 75 anos de idade, de Titina Rodrigues.

Em nota remetida às Redação, Abraão Vicente escreve que recebeu a notícia do passamento da artista “com sentimento de pesar”, pois ela era “uma das caras da nossa Morna, a nossa alma que está agora inscrita na alma da humanidade e uma das vozes da Diáspora, que de certa forma configurava e incorporava a saudade da Diáspora”.

“Para os Cabo-verdianos que tiveram a oportunidade de assistir os concertos da Titina Rodrigues e acompanharam o seu percurso artístico (…), não restam dúvidas de que ela foi uma das vozes que ajudou a construir os contornos da grandeza da Morna, uma vez que ela pertenceu a uma geração que contribuiu para a consolidação deste nosso género musical – hoje, Património Cultural Imaterial da Humanidade”, prossegue a nota.

“Recordaremos Titina com um ‘bejô di sôdade’, com nostalgia, pois ‘muito mais do que uma personagem da Morna, Titina Rodrigues era a cara da cultura Cabo-verdiana e uma das caras da identidade crioula como Diáspora”, consdiera Abraão Vicente, para quem a “perda” de Titina “é uma notícia triste” para Cabo Verde. “Perdemos mais uma das grandes vozes de Cabo Verde”, ajuntou, admitinto ser hoje um dia de “luto” nacional e na nossa Diáspora.