Todas as mortes de recém-nascidos no HBS “têm causas conhecidas”

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É a resposta da Administração do Hospital de São Vicente à crítica do PAICV que denunciou mortes naquele hospital. Ana Brito denuncia “afirmação alarmista e irresponsável”

Josina Freitas denunciou mortes de recém-nascido “sem nenhuma explicação”. HBS responde e garante que “todas” as mortes “têm causas conhecidas”.

O PAICV lançou a crítica no quadro de uma visita ao maior Hospital do Barlavento, e denunciou mortes de 5 recém-nascidos no Mindelo e criticou o que considera ser aumento “crescente” e “sem nenhuma explicação” de mortes no Hospital Batista de Sousa.

Hoje, a reposição da verdade chegou. A Diretora do Serviço de Neonatalogia do HBS veio desmistificar a confusão do PAICV, e confirmou que todas as mortes têm uma explicação.

Cátia Costa fala em prematuridade e malformações congénitas.

Em janeiro confirma-se 5 óbitos, 2, segundo a especialista, por “prematuridade severa” dos bebés que nasceram com 5 ou 6 meses de gestação. Uma das causas para esta situação pode ser o “não acesso” das grávidas a consultas pré-natal. As mães “optam por não seguir a gravidez”, precisou, advertindo que se não há seguimento da gravidez, desconhece as suas patologias e “obviamente não tem como as tratar”.

Outras duas mortes deveu-se a “malformações congénitas” que na opinião da clínica são situações “inevitáveis e incompatíveis” com a vida”.

Um dos casos é de foro cerebral e cardíaco. Um outro caso exigiu uma operação em menos de 24 horas de vida do bebé. A quinta morte, o bebé não estava na urgência de Neonatologia. Trata-se de um bebé de 9 dias de vida e que deu entrada no Banco de Urgência da Pediatria já em “estado pré-morte e com exames colhidos na hora incompatíveis com a vida”.

A Diretora de Neonatologia aproveitou para informar que o HBS tem uma taxa de mortalidade infantil de 1,2 %. Dito de outro modo, a taxa é “3,5 vezes menor que o mundo”.

Por sua vez, a PCA do HBS considerou como “completamente despropositada” a acusação de Josina Freitas e do PAICV, dizendo mesmo ser “falsa” as afirmações feitas contra o Hospital. “Afirmação alarmista e irresponsável”, ajuntou Ana Brito.