O Secretário de Estado Michael Pompeo, afirma que a escravidão “não tem lugar” no Mundo atual e assegura apoio dos Estados Unidos no combate a esta prática
O governo dos Estados Unidos da América reitera todo o engajamento diplomático de modo a travar o aumento do tráfico de pessoas no Mundo.
A posição está vertida no relatório anual do tráfico de pessoas, referente ao ano de 2018, revelado no decurso deste mês de junho.
O Secretário de Estado Michael Pompeo diz mesmo que a escravidão moderna “não tem lugar no Mundo” e que os EUA pretendem “garantir”, pela via do engajamento diplomático o reforço da sua ação no combate ao tráfico de pessoas.
O relatório deste ano concentra-se em maneiras eficazes pelas quais as comunidades locais podem abordar o tráfico de seres humanos de forma proativa e como os governos nacionais podem apoiá-los e fortalecê-los.
Os Estados Unidos reconhecem que as comunidades locais são as mais afetadas por esse crime que classifica de “abominável”, daí defender “medidas proativas” no combate a esta prática, ao mesmo tempo que observa que treinar entidades como polícias e líderes religiosos permite estar melhor apetrechado no combate ao tráfico.
“Medidas proativas orientadas para a comunidade fortalecem a nossa capacidade de proteger os mais vulneráveis e enfraquecem a capacidade do criminoso de se infiltrar, recrutar e explorar pessoas”, refere o governo norte-americano.
Nível 2
Cabo Verde ocupa o nível 2, no referido relatório anual, ao lado de países como Brasil, República Dominicana, Costa Rica, Egito, Jordânia, Singapura, Tunísia e ou Turquia e os EUA reconhecem “esforços significativos” das autoridades nacionais visando a eliminação do tráfico, bem como a responsabilização de traficantes. Destaca o relatório as várias campanhas de conscientização desenvolvidas visando a temática e enaltece a adoção do plano de ação contra o tráfico que abrange o período 2018/2021.
Entretanto, o relatório deixa um conjunto de recomendações ao nosso País, nomeadamente, sugerindo investigar, de forma vigorosa, os crimes de tráfico, punindo e condenando os traficantes.
Sugere, igualmente, a capacitação dos técnicos que laboram com esta problemática, ao mesmo tempo que considera importante a colaboração com governos de outros países, nesta matéria.
Mais adiante o documento admite que Cabo Verde possa estar a ser um país de origem de crianças para o tráfico sexual internamente, ao mesmo tempo que admite que mulheres possam estar a dedicar à prostituição forçada.
O relatório admite situações de rapazes e meninas vítimas do tráfico sexual, nomeadamente, em ilhas como Brava, Santiago, Fogo, Sal e Boa Vista. “Às vezes através do turismo sexual infantil”, indica, admitindo, no entanto, que nalguns casos sejam os próprios pais a incentivarem suas filhas para esta prática em meios turísticos.