Transição no Mali não deve ultrapassar 12 meses

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Decisão saiu da reunião dos Chefes de Estados e de Governos da CEDEAO, que condenou o “golpe de Estado militar” naquele País

A transição política no Mali tem de acontecer nos próximos 12 meses e nunca além desse período. É o que decidiram os Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que estiveram em reunião extraordinária, para discutirem a crise Maliana.

Jorge Carlos Fonseca, que representou Cabo Verde, disse que os países da CEDEAO condenaram o ato e reiteram que de fato, houve um “golpe de Estado militar no Mali”.

“Subscrevemos a ideia de que deve haver uma transição, o mais curto possível, para que o Mali volte à normalidade constitucional”, afirmando que esta mudança deve passar pela “indicação de um Presidente de transição e que deve ser um civil que reúna algumas caraterísticas, como o mérito, conhecimento e consenso”.

Uma outra decisão saída da Cimeira é de que “não haverá nenhuma estrutura militar ou instituição que se sobreponha ao Presidente de transição”. “Haverá, também, a nomeação de um Primeiro-Ministro de transição que deverá ser também uma personalidade civil”, precisou.

No entanto, referiu que do Governo poderão fazer parte militares para chefiar algumas pastas, nomeadamente a da Defesa e da Administração Interna.

De acordo com Jorge Carlos Fonseca, o Governo e o Presidente de transição, têm como “missão fundamental” para, num período de 12 meses, prepararem as eleições, de modo que estas decorram neste prazo.