Liberalizamos operações cambiais de modo a “permitir uma maior liberdade” de circulação de capitais
Há razões para “abraçar” o futuro económico de Cabo Verde e “com confiança”, asseverou em Cascais o PM Cabo-verdiano, à margem do Horasis Global Meeting onde Ulisses Correia e Silva proferiu uma comunicação esta segunda-feira, 7, como convidado especial, tendo à sua frente uma plateia formada essencialmente por empresários, governantes e especialistas que estão a discutir ideias sobre um futuro sustentável.
O PM falou ainda sobre as recentes alterações legislativas que visam a livre circulação do escudo cabo-verdiano com o euro, em simultâneo e observou que Cabo Verde liberalizou as operações cambiais de modo a “permitir uma maior liberdade” de circulação de capitais.
“O que eliminámos foi barreiras administrativas para concretizar o que já hoje é uma realidade”, explicou UCS que lembrou que já é normal qualquer restaurante passar “uma fatura com expressão do montante” em escudo cabo-verdiano e em euro.
A medida avançou o PM vai permitir que qualquer cidadão Cabo-verdiano, ou não residente, “possa abrir contas em moedas estrangeira e possa fazer transações em moeda estrangeira, o que até agora não era possível”, afirmou.
Ao fazer esta medida para regularizar “uma realidade emergente”, o Executivo suportado pelo MpD tenta “evitar depois que haja mercados paralelos a se desenvolverem”.
No fundo se tratou do “desenvolvimento de uma autorização legislativa que já tinha sido aprovada no parlamento”, vai entrar em vigor “nos próximos dias, assim que houver publicação”.
A prazo, prosseguiu o PM, a intenção do seu Governo é “caminhar para a possibilidade” de uma dupla circulação entre o escudo e o euro. “Fazermos com que a economia, que já tem uma forte ligação à zona euro, seja formalizada nesse sentido. São fases seguintes que vamos desenvolver seguramente”, acrescentou.
UCS observou que esta medida está enquadrada com a “opção estratégica” do Governo numa “inserção mais forte” no espaço da zona euro. “Desde 1998 temos uma paridade fixa do escudo cabo-verdiano com o euro. Reduzimos os riscos cambiais. Temos a intenção de introduzir mecanismos que permitam que a circulação de pessoas do espaço europeu possa circular e entrar em Cabo Verde sem vistos. Estamos a retirar uma barreira à circulação”, adiantou, assegurando que Cabo Verde apesar da sua pequenez “tem que ser, necessariamente, um país aberto, onde as operações possam ser feitas com segurança, mas também com facilidade”.