Ulisses defende mais oportunidades de investimento privado em África

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Chefe do Governo interveio no primeiro dia da Conferência de Yokohama e pediu “atenção especial” para os Estados Insulares

O Primeiro-Ministro defendeu na última quarta-feira, 28, durante a sua intervenção na VII Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África, ser preciso “boas parcerias” que permitem “conciliar” a atração de capitais, tecnologias e boas práticas do setor privado, com a necessidade de evitar o endividamento excessivo dos países.

Ulisses Correia e Silva notou haver necessidade de financiar o investimento em infraestruturas orientado para a produção de resultados que provoquem “transformações estruturais” nas economias para torná-las mais “produtivas e competitivas” de modo a atrair mais investimentos privados que criam empregos e faz crescer a economia.

Na opinião do Chefe do Governo, os instrumentos “existem e as oportunidades também”, mas alertou precisar garantir boas condições de governança política, institucional e económica para que tal aconteça.

A vontade política expressa nesta Conferência “é encorajadora”, notou UCS que reafirmou o apoio de Cabo Verde à Declaração e o Plano de Ação de Yokohama do TICAD 7, uma vez que o tema central vai ao encontro do interesse da África, visando uma forte parceria entre os governos, os investidores, as empresas e as organizações da Sociedade civil para o investimento, o comércio, o conhecimento, a tecnologia, a inovação, fatores que no dizer do PM impulsionam o crescimento económico e a endogeneização dos aceleradores do desenvolvimento.

Na sua intervenção, a uma plateia formada essencialmente por políticos de vários quadrantes, o PM não deixou de fora os Pequenos Estados Insulares, tendo pedido uma “atenção especial” numa perspetiva para o desenvolvimento.

“Existe uma problemática muito específica que carateriza os Pequenos Países Insulares e a sua exposição às alterações climáticas e a vulnerabilidades derivadas da insularidade e pequena dimensão do mercado” notou UCS, para quem de entre os Pequenos Países Insulares, “atenção especial deve ser dada” aos países graduados a Rendimento Médio no que se refere aos financiamentos que apoiem os esforços das reformas necessárias para aumentar a sua competitividade e reduzir as vulnerabilidades, sem expô-los entretanto a endividamento excessivo.

A VII TICAD prossegue na Cidade Japonesa de Yokohama até o próximo dia 30, sob o tema “Fazer progredir o desenvolvimento da África, pela via da tecnologia, da inovação e do capital humano”.

Hoje, a agenda de UCS indica que ele será recebido pelo seu homólogo Japonês Shinzo Abe, e manterá um encontro de trabalho com o Diretor Geral da FAO.

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