Última hora. Antiga Diretora-geral do HAN vai a julgamento

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Esposa do antigo Ministro da Economia, do governo do PAICV, à época, é acusada de 20 crimes, entre os quais, lavagem de capitais e peculato. Ministra da Saúde da mesma altura é também indiciada de um crime de “inserção de falsidade”

Ricardina Andrade, antiga Diretora-geral do HAN, está a ser acusada, “em có-autoria e em concurso real e efetivo” da prática de 20 crimes, sendo 11 de peculato, 6 de participação ilícita em negócio agravado, 1 de inserção de falsidade, 1 de infidelidade, 1 de lavagem de capitais. Há ainda “9 contraordenações” praticadas pelos representantes das entidades responsáveis pela condução de procedimento ou por funcionário da Administração Pública.

Uma empresa, em nome de Ricardina Andrade, é acusada da prática de 6 crimes de participação ilícita em negócio agravado.

Por sua vez, a Ministra da Saúde da altura, Cristina Fontes Lima, é indiciada de um crime de “inserção de falsidade”.

Fora estas duas pessoas, o Ministério Público está também a acusar outras 4 pessoas singulares pela prática de “vários crimes”. Em causa a gestão do maior hospital do País.

Os outros visados, à data dos factos exerciam as funções de Administradora, de Diretora Clínica e de Enfermeira Supervisora do HAN. A estas pessoas foram imputadas, “em co-autoria e em concurso real ou efetivo”, a prática de 11 crimes de peculato, 6 de participação ilícita em negócio agravado, 1 de infidelidade e 9 contraordenações “praticadas pelos representantes das entidades responsáveis pela condução de procedimento ou por funcionário da Administração Pública”.

Uma outra pessoa “singular” que, entre 2008 a agosto de 2013, exercia as funções de Diretora Clínica do HAH, foi imputada, em “co-autoria”, a prática de 1 crime de peculato.

Estes dados são avançados pelo Ministério Público, que admite haver elementos que indiciam corrupção. A base da acusação é um relatório de auditoria administrativa e financeira, realizada pela Inspeção-Geral das Finanças, ao HAN, reportando-se ao período de 2013 a 30 de junho de 2016, “por indícios da prática de ilícitos criminais”.

A referida investigação incidiu no período de gestão entre julho de 2011 a agosto de 2016, que tem a psicóloga Ricardina Andrade, esposa do antigo Ministro da Economia, de um dos governos do PAICV, Humberto Brito, como principal arguida.

A PGR reporta que durante a investigação foram recolhidos “elementos de prova” que confirmaram os “indícios constantes” do mencionado relatório de auditoria.



4 COMENTÁRIOS

  1. Não estou surpreendido uma vez que durante o consulado de José Maria Neves e Cristina Fontes Lima houve a promoção de um grupo de pessoas de duvidosa idoneidade etica, política e social para ofuscar personalidades do PAICV e assim controlar o Partido. Nem Ricardina nem o seu marido Humberto tinham pergaminhos, como estes casos comprovam, para tamanho empoleiramento. Claro, depois da queda do PAICV do Poder, foram gerir as suas fortunas e nem queriam mais saber do Partido que os tornaram elites da Praia. Aliás, verdadeiramente nunca foram do PAICV, como sempre resmungavam as pessoas que lhes eram próximas.
    Espero ouvir os pronunciamentos de JMN e Cristina Fontes ! Bando de hipocritas…

  2. Estranhei quando uma arruaceira como Ricardina de repente vira poderosa e vaidosa, ostentando poder e riqueza . Claro, tinham escolhido a sombra certa, a do JMN. Mesmo o Humberto que nunca esteve disponível para dar a cara pelo PAICV, recusando todos os convites dos militantes de Calheta para poder ficar entre Fevereiro e Marco, de repente, torna-se líder em Santiago Norte, à custa dos conhecidos batalhadores pelo PAICV, tudo por obra e arte de quem se tornou dono do PAICV. Hão de pagar tudo, até ao tutano, seus aldrabões que apenas serviram do PAICV para encher bolsos e manchar o nome do Partido .

  3. Ponto 1. Todo mundo é inocente, até que se prove o contrário. Ponto 2. No episódio que opôs o Ministério Público aos jornalistas do paicv que violaram o dever sagrado do segredo de justiça, poucos terão vislumbrado a “ratice” do presidente da república para tentar enfraquecer o poder do Sr PGR, ao tentar
    ilegitimamente condicionar o Ministério Público, sobretudo, no dever e o direito legal de apresentar acusações. Afinal, JM sabia e sabe muito bem o que espera uma parte da turma que com ele trabalhou nos 15 anos do seu consulado e que trabalhou na sua eleição para PR.

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