Última hora. Cabo Verde evolui da situação de contingencia para o de Alerta devido à Covid-19

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Primeiro-Ministro acaba de admitir que há uma tendência de estabilização dos casos de Covid-19 no Arquipélago. Doravante vai ser permitido o funcionamento de estabelecimentos de atividade de dança, o levantamento de limitação de lotação em eventos culturais, desportivos, artísticos, recreativos e de lazer mas terão que ser realizados em recintos e espaços com controlo de entrada

O Primeiro-Ministro anunciou, há momentos, que Cabo Verde passa da situação de Contingência para Alerta, na sequência das restrições ditadas pela pandemia da Covid-19.

Numa declaração ao País, Ulisses Correia e Silva informou que Cabo Vede já atingiu a cifra de 80% de pessoas com, pelo menos, uma dose da vacina e que 56.5% da população já está imunizada com as duas doses, fazendo com que Cabo Verde tenha, assim, alcançado “importantes metas” ao nível dos principais indicadores internacional definidos, nomeadamente, significativa redução da taxa de incidência acumulada por 100 mil habitantes, taxa de positividade inferior a 4% e taxa de transmissibilidade de 0,76.

Face a este quadro positivo, o Governo declarou hoje a saída de situação de contingência para situação de Alerta em todo o território nacional. O PM admite que apesar de haver uma “tendência de estabilização” da Covid-19 “temos que estar conscientes” de que o coronavírus “ainda não desapareceu”, pelo que é necessário continuar medidas de prevenção e contenção, nomeadamente, a recomendação pelo uso de máscaras e higienização das mãos.

Por outro lado, vincou o PM, é necessário continuar o esforço de vacinação quer nas primeiras quer nas segundas doses, sobretudo nos Municípios em que a vacinação ainda está abaixo dos 70%, como são os casos de Santa Catarina, São Salvador do Mundo e Tarrafal, todos na Ilha de Santiago que precisam de reforço da primeira dose.

Alívio de medidas

Com o relaxamento das medidas, o PM anunciou que doravante vai ser permitido o funcionamento de estabelecimentos de atividade de dança, o levantamento de limitação de lotação em eventos culturais, desportivos, artísticos, recreativos e de lazer mas terão que ser realizados em recintos e espaços com controlo de entrada.

O funcionamento de discotecas, pubs e clubes é doravante permitido até às 4 horas da madrugada, podendo operar apenas estabelecimentos licenciados e que cumpram normas sanitárias, exigindo tanto aos clientes como aos seus colaboradores certificado de Covid-19 e com as duas doses completas.

Os eventos culturais, desportivos, artísticos, recreativos e de lazer, realizados em recintos e espaços com controlo de entradas deixam de ter limites de lotação por motivos sanitários, mas o acesso, pelo público, a esses eventos é condicionado à apresentação de certificado Covid-19 e com esquema vacinal completo.

Os festivais, festas de romarias e eventos similares estão condicionados e sua realização depende de autorização prévia pelas autoridades sanitárias competentes. Quanto a ginásios e academias continua a depender de apresentação, pelos utentes, do certificado Covid-19, tal como os estabelecimentos turísticos e de alojamento local.

Com as alterações de hoje, o uso de máscaras facial na via pública deixa de ser obrigatório, mas o PM observa que “continua a ser recomendável” o seu uso perante qualquer situação de aglomeração ou ajuntamento de pessoas. Em espaços fechados e de atendimento ao público o seu uso é obrigatório.

Recuperação em curso

Na sua comunicação, o PM reconheceu que tem havido “bons sinais” de retoma, com os hotéis a reabrir, após um longo período difícil e de estagnação. Os trabalhadores estão a regressar ao trabalho, navios cruzeiros estão a aportar os nossos Portos e segundo notou, a recente decisão do Reino Unido de retirar o Arquipélago da lista vermelha é “determinante” para a retoma do turismo, dado ao peso que aquele mercado emissor de turista tem no mercado das Ilhas.

Com sentimento de otimismo, o PM observou, no entanto, que o combate à pandemia “não está ganho”, pelo que é preciso “consolidar mais a boa tendência” que se tem vindo a registar. “É preciso continuar a proteger”, ajuntou.