Artista faleceu aos 83 anos, no Mindelo onde estava a convalescer, vítima de doenças prolongadas.
Cabo Verde perdeu nas últimas horas um grande da cultura. Humberto Bettencourt Santos deixa a cultura mais pobre.
Natural de Santo Antão, o malogrado era diplomata e gestor.
O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, expressou seu pesar diante da partida de Humbertona.
“Sua dedicação à música tradicional e sua maestria foram pilares fundamentais na preservação e disseminação da herança cultural do País”, realça uma nota do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas que em nome do Governo presta condolências à família enlutada.
Nascido em 1940 em Santo Antão e criado em São Vicente, Humbertona desenvolveu uma paixão pela música Cabo-verdiana desde cedo. Trocando sua espingarda de caça submarina por uma guitarra aos 12 anos, ele iniciou sua jornada musical. Recebeu orientação do apoiado violinista e guitarrista Malaquias Costa, aprimorando suas habilidades no violão.
Sua carreira musical deixou uma marca indelével na história da Morna, com compreensão memoráveis de músicas como “sodade”, “dispidida” e “miss perfumado”.
Humbertona também se destacou no mundo empresarial, sendo PCA da CV Telecom por mais de uma década.
A sua influência estendeu-se a outras áreas, como ser Cônsul Honorário da Holanda e Bélgica, consultor e membro da Comissão de Honra da candidatura da Morna a Património Imaterial da Humanidade.
Seu legado musical e contribuições para a cultura Cabo-verdiana permanecerão vivos e influenciando gerações futuras.