Um mês após primeira erupção vulcão nas Canárias ainda mantém intensa atividade

Um mês depois do início da erupção de Cumbre Vieja na Ilha de La Palma nas Canárias, o vulcão continua com uma atividade intensa, apesar de nas últimas horas ter entrado numa fase de “estabilidade e lentidão”

Apesar de segunda-feira ter sido um dia sem incidentes, as autoridades alertaram em comunicado que, dada a previsão da chegada ao mar de uma frente ativa de lava, e da provável emissão de mais gazes nocivos para a saúde se poderia ordenar o confinamento da população em áreas próximas.

Este rio de lava acabou por, nas últimas horas, desacelerar a sua velocidade para apenas dois metros por hora adiando por mais alguns dias o seu contacto com as águas do Oceano Atlântico. Há sinais de alguma normalização na vida do dia a dia, com as autoridades responsáveis pela Educação nas Ilhas Canárias a permitir que as aulas nas escolas fossem retomadas na segunda-feira nos Municípios mais afetados pelo vulcão, como Tazacorte, Los Llanos de Aridane e El Paso, com um número de alunos superior a 90 por cento.

A Ilha de La Palma converteu-se neste mês num dos locais mais observado em todo o mundo, com os cientistas a aprofundar o seu conhecimento sobre a evolução do planeta.

Foi um mês sem descanso para a população da Ilha, confrontada com uma catástrofe social e económica, sendo no entanto um alívio o fato de não ter havido até agora qualquer vítima mortal motivado pela atividade do vulcão e a solidariedade, assim como a erupção, ter sido uma constante. Um mês após o início da erupção, ocorreu este fim de semana o terramoto de maior magnitude (4,6), a 37 quilómetros de profundidade, circunstância que, segundo o Plano de Emergência Vulcânica da Ilhas Canárias (Pevolca) é possível que se repita.

A área de terrenos destruída pelo vulcão de La Palma é de 811,8 hectares, segundo os últimos números divulgados na segunda-feira pelo sistema de satélites Copernicus da União Europeia. Por outro lado, estima-se em 1.956 o números de edifícios destruídos e o número de quilómetros de estradas afetadas é de 64,3, dos quais 60,5 estão totalmente destruídas.